Projeto urbanístico em Lordelo do Ouro vai disponibilizar 291 habitações acessíveis
O executivo da Câmara do Porto foi ontem unânime em submeter a consulta pública o processo de loteamento de Lordelo do Ouro, cujo projecto irá disponibilizar 291 fogos acessíveis, fruto de um investimento superior a 64 milhões de euros.
A submissão a consulta pública do processo de loteamento por um período de 15 dias úteis "é necessária para que se consiga autorizar as operações urbanísticas", explicou o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Pedro Baganha, durante a reunião pública do executivo.
A operação de loteamento prevê a constituição de nove lotes, cinco que serão construídos e destinados a habitação acessível com comércio e serviços nos pisos térreos e os restantes quatro correspondem aos blocos habitacionais já existentes, com 179 fogos, e que pertencem ao parque habitacional do município para renda apoiada.
Numa apresentação ao executivo, Pedro Baganha esclareceu que o projesto de habitação acessível em Lordelo do Ouro prevê disponibilizar 291 novos fogos.
Dos fogos a construir numa área de construção superior a 69 mil metros quadrados, 140 serão de tipologia T1, 114 de tipologia T2 e 37 de tipologia T3.
As obras serão faseadas em cinco momentos, sendo que a primeira fase corresponde a três empreitadas diferentes: a construção de dois edifícios (C e E), com um total de 109 fogos, e a construção da ligação entre as ruas do Campo Alegre e da Pasteleira.
Já a segunda fase prevê a “reformulação do nó em frente ao hotel Ipanema e a construção de uma torre para habitação acessível”.
“O projecto de habitação acessível ficará concluído na terceira fase com a construção dos restantes dois edifícios”, esclareceu o vereador, acrescentando que a quarta e quinta fase da obra dizem respeito à “reformulação do bairro Pinheiro Torres”.
Pedro Baganha disse ainda estar a ser estudada a hipótese de destapar a ribeira da Granja e que, a acontecer, os trabalhos decorrerão na quinta e última fase da obra.
Segundo as estimativas da autarquia, o investimento na primeira fase da obra será superior a 20,7 milhões de euros, dos quais cerca de 19,2 milhões de euros se destinam à construção dos edifícios C e E, e 1,4 milhões de euros a obras de urbanização, que serão suportadas pelo município.
O investimento estimado para as restantes quatro fases ascende 44,8 milhões de euros: cerca de 35,1 milhões de euros para a construção dos três edifícios (A, B e D) e 9,6 milhões de euros para obras de urbanização, também a cargo da autarquia.
Ao executivo, Pedro Baganha adiantou que o concurso para a empreitada de construção dos edifícios C e E deverá ser lançado em Janeiro de 2024 e que, se o concurso correr sem litigância, as obras arrancam em Junho.
Já o concurso para as obras de urbanização previstas na primeira fase será lançado no primeiro trimestre do próximo ano e as obras iniciar-se-ão no terceiro trimestre.
De acordo com o vereador, a construção do edifício C terá uma duração de 12 meses, do edifício E de 18 meses e as obras de urbanização de 12 meses.
Quanto à segunda e terceira fase do projecto de urbanização, o município encontra-se a terminar o projecto de execução e os concursos de empreitada deverão ser lançados "até meados de 2024".
Lusa/DI