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Cidade de Yuanyang - Foto de Windmemories em Wikimedia

Preços das casas novas caem na China pelo 18º mês consecutivo

16 de dezembro de 2024

Os preços das casas novas na China caíram pelo 18.º mês consecutivo, em Novembro, embora a queda ocorra a um ritmo mais lento do que no mês anterior, face às medidas governamentais de apoio ao sector.

Os preços em 70 cidades seleccionadas caíram 0,2% em relação ao mês anterior, de acordo com os cálculos feitos com base nos números divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês, que reflectiram uma contração de 0,51% em Outubro.

Entre as localidades mencionadas, 49 registaram reduções nos preços das casas, em comparação com 63 em Outubro, e 17 - incluindo algumas grandes cidades como Xangai e Shenzhen - registaram aumentos, um salto significativo em relação ao mês anterior (sete).

Os cálculos feitos com base nos dados do GNE também reflectem uma redução de 0,35% no preço das casas em segunda mão em novembro, depois de terem caído 0,48% no mês anterior.

No caso deste tipo de imóveis, 58 das 70 cidades registaram descidas, dois mantiveram-se ao mesmo nível de Outubro e 10 registaram subidas.

A instituição estatística também anunciou os dados sobre o investimento em promoção imobiliária entre Janeiro e Novembro, que mostram uma queda de 10,4%, uma descida 0,1%, mais profunda do que a registada até outubro.

O GNE indicou que as vendas de propriedades comerciais medidas pela área útil caíram 14,3% entre Janeiro e Novembro. Embora se trate ainda de uma queda significativa, reflecte também novamente uma tendência de recuperação relativa: as duas leituras anteriores tinham sido de 17,1% e 15,8%.

Imobiliário: 30% do PIB...

Nas últimas semanas, as autoridades chinesas continuaram a anunciar medidas para travar a queda do mercado imobiliário, uma questão que preocupa Pequim devido às implicações para a estabilidade social, uma vez que a habitação é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas.

Em Novembro, o Governo anunciou novas políticas fiscais para estabilizar o mercado imobiliário, e as principais cidades, como Pequim e Xangai, tomaram a iniciativa de anunciar reduções de impostos sobre as habitações de luxo para impulsionar o mercado.

Uma das principais causas do recente abrandamento da economia chinesa é a crise do sector imobiliário, cujo peso no produto interno bruto (PIB) chinês, somando os factores indirectos, foi estimado em cerca de 30%, segundo alguns analistas.

Lusa/DI