Preços das casas descem em 17 dos 24 municípios mais populosos mas sobem em Lisboa e Porto
No 2º trimestre, ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em 17 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes mas sobem em sete, entre eles Lisboa e Porto.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo INE - Instituto Nacional de Estatística, destacam-se com decréscimos superiores a 10 pontos percentuais (p.p.), Barcelos (-17,8 p.p.), Loures (-11,6 p.p.) e Odivelas (-10,3 p.p.). Em sentido oposto, houve um aumento da taxa de variação homóloga em sete municípios, evidenciando-se Funchal (+20,1 p.p.) e Matosinhos (+12,3 p.p.). O município do Porto registou um acréscimo de +7,1 p.p. e o de Lisboa de +3,7 p.p.. Os municípios de Lisboa (4 275 euros/m2), Cascais (3 902 euros/m2), Oeiras (3 166 euros/m2) e Porto (2 857 euros/m2) apresentaram os preços da habitação mais elevados.
No período em análise, o valor do 3º quartil dos preços da habitação situou-se acima do valor nacional (2 456 euros/m2) no Algarve (3 450 euros/m2), nas áreas metropolitana de Lisboa (3 411 euros/m2) e do Porto (2 537 euros/m2) e na Região Autónoma da Madeira (2 690 euros/m2). No Algarve, o valor mediano dos preços da habitação foi superior ao valor do 3º quartil de todas as outras sub-regiões NUTS III, com exceção da Área Metropolitana de Lisboa e da Região Autónoma da Madeira.
O preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1 629 euros/m2, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de +9,0% (+7,6% no trimestre anterior). O preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em 19 sub-regiões NUTS III, destacando-se os crescimentos na Região Autónoma da Madeira (+24,9%) e no Médio Tejo (+15,7%).
As quatro sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados – Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto – apresentaram também os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador. Nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, o preço mediano (euros/m2) das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respectivamente em +61,3% e +91,6%, o preço das transacções por compradores com domicílio fiscal em território nacional.