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Habitação by century 21

 

Preços das casas desaceleram em Lisboa e aceleram no Porto no 2º trimestre

25 de outubro de 2022

O preço mediano da habitação aumentou em todo o país no segundo trimestre deste ano, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), destacando uma tendência para desaceleração dos preços em Lisboa e, em contrapartida, uma aceleração no Porto, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística - INE.

No 2º trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1 494 euros/m2, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de +17,8% (+17,2% no trimestre anterior). O preço mediano da habitação aumentou, face ao período homólogo, em todas as 25 sub-regiões NUTS III.

As duas sub-regiões com preços mais elevados – Algarve (2 358  euros/m2) e Área Metropolitana de Lisboa (2 076 euros/m2) – foram também aquelas que apresentaram valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (respetivamente, 2 222 euros/m2 e 2 050 euros/m2) e estrangeiro (2 734 euros/m2 e 3 782 euros/m2).

No 2º trimestre de 2022, em sete dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes os preços desaceleraram, destacando-se Lisboa (-6,1 p.p.). Em sentido oposto, a taxa de variação homóloga aumentou em seis dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, evidenciando-se Loures (+8,8 p.p.). Na Área Metropolitana do Porto, observou-se também um aumento da taxa de variação homóloga em quatro dos seis municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se o Porto (+9,2 p.p.) e Matosinhos (+5,3 p.p.).

A análise da relação entre os preços de aquisição de habitação e as rendas de novos contratos de arrendamento (12 meses terminados no 2º trimestre 2022), sugere uma sobrevalorização relativa dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios das áreas metropolitanas e, diversamente, uma subvalorização relativa das rendas na generalidade dos municípios do Algarve. A análise de evolução da dinâmica dos mercados de arrendamento e de aquisição da habitação, demonstrou um crescimento relativo do mercado de transacções face ao de arrendamento. Esta tendência manifestou-se na generalidade dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa e do Algarve, mas não em 10 dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto.