
Preço médio das casas aproxima-se dos 414.000 euros e arrendar estabiliza nos 1.300 euros
O preço médio de venda em Portugal subiu para 414.000 euros(€), reflectindo uma valorização de 4% face a Abril (399.000 euros) e de 18% face a Maio de 2024 (349.900 euros).
De acordo com o portal imobiliário, o valor médio das rendas em Portugal manteve-se nos 1.300 euros, igual a Abril, mas representa um aumento de 4% face a Maio de 2024, quando rondava os 1.250 euros. Embora a média nacional se mantenha estável, os dados mostram dinâmicas distintas entre regiões.
Norte
No Norte, os preços médios de arrendamento continuam a refletir disparidades entre os diferentes distritos. Guarda destacou-se pelo crescimento mais expressivo, com uma subida mensal de 2%, atingindo os 560 euros, e um aumento anual significativo de 47%. Também Vila Real manteve-se nos 600 euros, o que representa uma valorização de 50% face ao ano anterior. O Porto atingiu os 1.200€, voltando aos níveis de março, com uma subida mensal de 4%. Em sentido contrário, Braga registou uma descida tanto mensal (-2%) como anual (-3%), fixando-se agora nos 875€. Já Bragança subiu 5% em relação a abril (de 500 euros para 525 euros), mas ainda apresenta uma descida de 5% em relação a Maio de 2024. Aveiro (900 euros) e Viana do Castelo (800 euros) mantiveram-se estáveis face ao mês anterior.
Na região Centro, Coimbra destacou-se com a maior subida mensal, fixando-se nos 795€, um crescimento de 6% quer em termos mensais como anuais. Leiria apresentou uma ligeira subida de 2%, atingindo os 813€, enquanto Santarém manteve os 800€, com uma valorização de 7% face ao ano anterior. Lisboa registou uma quebra mensal de -2%, descendo para 1.670€, embora continue a ser a região com o arrendamento mais elevado do país. Já Castelo Branco registou uma descida mais acentuada, passando de 600€ para 550€ (-8% mensal e -4% anual).
No Sul, Faro voltou a liderar como o distrito com os valores mais elevados de arrendamento, atingindo os 1.300€, o que representa um aumento anual de 37% e uma subida ligeira de 2% em relação a abril. Setúbal também subiu 4%, atingindo os 1.250€, enquanto Évora aumentou 5%, fixando-se nos 895€. Beja manteve-se nos 700€, com uma variação anual positiva de 8%. Portalegre registou uma subida expressiva de 15%, passando de 500€ para 575€, representando também uma valorização anual de 5%.
A Ilha da Madeira registou um crescimento mensal de 7%, fixando-se nos 1.600€, mantendo-se como a segunda zona mais cara do país para arrendar. Em sentido contrário, a Ilha de São Miguel apresentou uma quebra mensal de 11%, fixando-se agora nos 800€, o que representa também uma descida de quase 6% em relação ao ano anterior.
Preço das vendas sobe
O preço médio de venda em Portugal subiu para 414.000€, reflectindo uma valorização de +4% face a abril (399.000€) e de +18% face a Maio de 2024 (349.900€). A tendência de subida mantém-se, embora com sinais de estabilização em algumas zonas.
No Norte, os preços continuam a subir de forma moderada, com alguns distritos a registarem crescimentos consistentes. Braga e Aveiro atingiram os 340.000€, com aumentos anuais superiores a 15%, e subidas mensais de 2% e 1%, respetivamente. O Porto aproximou-se da barreira dos 400.000€, fixando-se nos 395.000€, o que representa um crescimento de 14% em termos anuais. Viana do Castelo também valorizou 13%, atingindo os 287.000€. Já Bragança manteve-se nos 110.000€, acumulando uma quebra anual significativa de -13%. Vila Real recuou ligeiramente (-1%) para 174.000€, enquanto Viseu desvalorizou -2,56% face ao mês anterior, situando-se nos 190.000€, ainda assim com um crescimento de 6% face ao mesmo período de 2024. Guarda registou uma descida mensal de -2%, passando para 97.500€, embora apresente uma valorização anual de mais de 20%.
No Centro, Lisboa reforça a sua posição como o distrito mais caro do país, com um preço médio de 650.000€, refletindo uma subida de 4% no último mês e de 33% face ao ano passado. Coimbra ultrapassou a marca dos 250.000€, com uma valorização anual de 26% e mensal de 2%. Santarém seguiu esta tendência, crescendo 3% no mês e 28% em termos anuais, fixando-se nos 237.000€. Leiria registou um aumento anual de 13%, chegando aos 299.000€, enquanto Castelo Branco se manteve praticamente estável, com 84.500€, apresentando uma variação anual ligeira de 2%.
No Sul, os preços continuaram a subir de forma consistente. Faro atingiu os 535.000€, mantendo-se como o distrito mais caro da região continental depois de Lisboa, com um crescimento anual de 22%. Évora registou uma subida mensal de 4%, alcançando os 259.000€, o que representa uma valorização anual de mais de 23%. Setúbal valorizou 2% no mês e 22% no último ano, atingindo os 440.000€. Beja registou um aumento mensal de 5%, fixando-se agora nos 183.000€, com uma subida de 26% face a maio de 2024. Já Portalegre manteve-se estável nos 120.000€, consolidando um crescimento anual de 26%.
Nas Ilhas, a evolução foi marcada por fortes variações.. A Ilha de São Miguel valorizou 7% no último mês, atingindo os 385.000€, o que representa um aumento de 38% em termos anuais. A Madeira fixou-se nos 590.000€, com um crescimento anual de 24%, . Análise comparativa entre regiões
O mercado imobiliário português continua a evidenciar desigualdades marcadas entre regiões. Enquanto os preços de venda mantêm uma trajetória ascendente, impulsionados por regiões como Lisboa, Faro e as Ilhas, o mercado de arrendamento apresenta sinais de estabilização, embora com variações significativas em algumas áreas.
A valorização expressiva em regiões insulares, como a Ilha do Corvo e o Faial, destaca o crescente interesse por estas zonas, possivelmente impulsionado por fatores como o turismo e a procura por segundas residências.
No arrendamento, embora o valor médio nacional se mantenha estável, regiões como Faro e a Madeira continuam a apresentar rendas elevadas, refletindo a pressão da procura nestas áreas.