CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Habitação by century 21

 

Ovar vai transformar antiga fábrica de cordoaria em 11 casas T3 com pátios

3 de abril de 2025

A Câmara de Ovar vai investir mais de 1,76 milhões de euros para transformar as ruínas de uma unidade industrial de cordoaria em 11 casas com pátio de tipologia T3, revelou hoje essa autarquia do distrito de Aveiro.

A empreitada do chamado Conjunto Habitacional dos Carris, na freguesia de Cortegaça, vai decorrer no âmbito da Estratégia Local de Habitação da autarquia vareira e abrange um terreno com mais de 5.000 metros quadrados, dos quais 1.944 de área de implantação.

O presidente da Câmara, Domingos Silva (PSD) espera avançar com a obra ainda no mês de Abril e tê-la concluída no prazo de um ano, para corresponder ao que classifica como “o ritmo notável” a que estão a decorrer intervenções idênticas no âmbito da mesma estratégia municipal.

“Trata-se de mais uma das muitas obras que a câmara tem em curso para assegurar a um maior número de pessoas o direito fundamental a uma habitação digna”, declarou Domingos Silva à Lusa.


DR


DR


Com esta empreitada, o município “atinge a marca de 11 novos fogos em construção, num investimento global superior a 15 milhões de euros”.

O autarca social-democrata realça que a essas obras juntam-se ainda “vários milhões de investimento nas reabilitações ou requalificações que estão a ser executadas em outros edifícios, permitindo transformar espaços devolutos em habitações e reforçar a resposta habitacional do concelho".

No caso concreto da antiga fábrica de cordas em Cortegaça, as casas a construir ao longo do próximo ano serão térreas, integrando “uma bateria com arrumos individuais”.

“Os 11 fogos são compostos por hall de entrada, sala de estar e jantar, três quartos, cozinha (já equipada com placa, forno, exaustor e combinado de frigorífico e congelador), uma casa-de-banho de serviço e outra acessível. Todas as habitações possuem igualmente um pequeno logradouro privativo, que funciona como zona de lazer”, adianta Domingos Silva.

Quanto à envolvente dos imóveis, e dada a topografia da propriedade, a área será trabalhada com “formas orgânicas ajardinadas, adaptadas à configuração do terreno e apoiadas por escadas e rampas de forma a vencer-se o desnível existente”.

O presidente da câmara diz que nos 1,76 milhões de euros reservados para a obra se incluem custos relativos à aquisição do imóvel, elaboração do projecto, execução da empreitada, fiscalização, coordenação de segurança, certificação energética, publicitação e também registos e actos notariais.

Uma vez que o programa de comparticipação comunitária no domínio habitacional não abrange a requalificação dos espaços exteriores da envolvente, a candidatura ao Programa de Recuperação e Resiliência foi apenas na ordem dos 1,53 milhões de euros e, nesse montante, a obra obteve financiamento em 100%.

“A diferença entre o financiamento aprovado e o custo total da empreitada será suportado pelo município”, garante Domingos Silva.

Lusa/DI