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Mota-Engil

Mota-Engil com recorde no volume de negócios de 3.804 milhões de euros

1 de março de 2023

O Grupo Mota-Engil publicou hoje os seus resultados anuais de 2022, um período marcado pelo crescimento de 47% da actividade que o impulsiona para um patamar inédito de facturação de 3,8 mil milhões de euros, valor previsto de ser alcançado no Plano Estratégico em vigor apenas em 2026, mas que, com os contratos recentemente adjudicados e que se iniciaram este ano tornaram possível antecipar o objectivo, num registo que foi fortemente impactado pelo crescimento de 69% registado no segundo semestre do ano. 

A par do crescimento do Volume de Negócios, verifica-se que o desempenho operacional foi positivo ao nível das margens, mantendo-se em níveis alinhados com o histórico do Grupo, o que permitiu atingir um valor de EBITDA de 541 milhões de euros, superando pela primeira vez na sua história o marco de 500 milhões de euros. Para além do resultado operacional positivo, os resultados hoje apresentados demonstram a capacidade de geração de caixa, facto que se verifica no crescimento muito relevante do cash-flow proveniente das operações, no valor de 608 milhões de euros (uma melhoria de 47% face ao homólogo), o que contribuiu decisivamente para a redução de 17% da Dívida Líquida (-186 milhões de euros), que se situava em dezembro em 939 milhões de euros, consolidando uma tendência que permitiu reduzir mais de 300 milhões de euros em dois anos. 

Com o crescimento operacional, foco na rentabilidade e melhoria do desempenho financeiro, o Grupo apresentou no final de 2022 uma melhoria do rácio de Dívida Líquida / EBITDA para 1,7x, objetivo previsto de ser alcançado em 2026 numa trajetória de se pretende de evolução contínua para um crescimento que se pretende gradual e sustentável conforme os objetivos estabelecidos para 2026. A par do desempenho operacional e financeiro, o Grupo assegurou em 2022 o melhor desempenho comercial da sua história, ao atingir níveis recorde de angariação comercial, essencialmente nos designados Core Markets, onde se destacam México e Angola, e assim atingir 12,6 mil milhões na Carteira de Encomendas, mais do dobro face a 2020, mantendo critérios de rigor e seletividade que asseguram a mitigação de riscos relacionados com o período de volatilidade de preços que atravessamos.

Desempenho por área de negócio

Relativamente ao desempenho por área de negócio, merece destaque o crescimento anual de 57% no negócio de Engenharia e Construção (E&C), resultado do crescimento expressivo de 79% no segundo semestre (atingindo um valor superior a dois mil milhões de euros de produção), impactado pelo crescimento em África e América Latina. 

Assim, e analisando o negócio de Engenharia e Construção, verifica-se que na Europa, a atividade reduziu 16%, para 510 milhões de euros, impactada pela alienação do negócio na Irlanda & UK no primeiro semestre e a estratégica de redução de exposição à Polónia (-30% YoY) em função do conflito na Ucrânia, que conjugadamente justificam a queda de atividade, apesar do crescimento de 5% no mercado português, que representou 72% da faturação no continente europeu. 

Ao nível do EBITDA, o Grupo obteve nesta área de negócio e região 40 milhões de euros (margem de 8%). Na divisão africana, o Grupo alcançou um crescimento expressivo de 44% para 1.183 milhões de euros, com a grande maioria dos mercados a crescerem a dois dígitos, e com os negócios de E&C e de Serviços Industriais a crescerem 40% e 54%, respetivamente, mantendo-se Angola e Moçambique como os mercados de referência e onde o Grupo mantém posições de liderança em função do continuo reinvestimento nestes mercados, a par de outros como a Nigéria, Costa do Marfim, Ruanda e Guiné-Conacri, como os mais relevantes em África em 2022. Na região, o EBITDA cresceu 30% para 225 milhões de euros. Na América Latina, o Grupo Mota-Engil aumentou o seu Volume de Negócios em 145% para 1.519 milhões de Euros e um EBITDA de 146 milhões de euros, tornando-se a região com o mais elevado contributo para o Volume de Negócios do Grupo e o México em particular a voltar a ser o maior mercado do Grupo em faturação (seguido de Portugal e Angola). 

Para o desempenho operacional foi determinante o crescimento de 197% no México e de 85% no Perú, os dois mercados mais relevantes na região da América Latina. No que respeita ao negócio do Ambiente, de destacar o crescimento de 26% no Volume de Negócios, atingindo 556 milhões de euros, suportado essencialmente no crescimento da atividade internacional (+43%) e do segmento de Tratamento (+26%), alcançando esta área de negócio um EBITDA de 131 milhões de euros. De referir relativamente ao negócio de Ambiente que a Mota-Engil informou hoje sobre a celebração de um Acordo com a URBASER, seu parceiro nesta área de negócio desde 1995, que permitirá ao Grupo adquirir a posição de capital de 38,5% detida até agora pelo seu parceiro, passando a deter a totalidade capital no negócio de recolha e de tratamento, o que permitirá de futuro promover autonomamente a sua estratégia de Internacionalização. Por fim, a Mota-Engil Capital, que inclui os activos fora do core de E&C e Ambiente, tais como os multisserviços e o imobiliário, apresentou uma diminuição de 26% no Volume de Negócios (total de 105 milhões de euros), influenciado pela venda de alguns ativos no primeiro semestre tal como previsto no Plano Estratégico.

Desempenho Financeiro 

Ao nível financeiro, o Grupo Mota-Engil concretizou o seu Plano de Investimentos, com um CAPEX de 351 milhões de euros, 61% deste valor relacionado com investimento de crescimento e em contratos de médio e longo prazo. Ainda que com um reforço de investimento, natural em função do expressivo crescimento, o Grupo conseguiu reduzir a dívida líquida para 939 milhões, o menor valor consolidado nos últimos cinco anos, destacando-se a ainda a nível financeiro o aumento em 63 milhões de euros no Capital Próprio (+15%), contribuindo assim para a concretização plena dos objectivos estabelecidos para 2022 no Plano Estratégico (Building´26), a vigorar até 2026.