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Metro Mondego começa a funcionar na sexta-feira limitado a percurso em Coimbra

 

Metro Mondego começa a funcionar na sexta-feira limitado a percurso em Coimbra

27 de agosto de 2025

O Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) vai começar a funcionar a partir de sexta-feira, numa primeira fase limitada a um percurso de cinco quilómetros na cidade de Coimbra, de forma gratuita, anunciou hoje o Governo.

O SMM, sistema de autocarros eléctricos articulados a circular em via dedicada, vai arrancar com uma operação preliminar gratuita entre a Portagem e o Vale das Flores, na cidade de Coimbra, afirmou o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH).

O percurso de cerca de cinco quilómetros e que abrange dez estações da cidade será gratuito até à abertura do troço até Serpins, no concelho da Lousã, “prevista até ao final do ano”, esclareceu o ministério, sem apontar uma data concreta para o funcionamento do traçado que passa também pelo concelho de Miranda do Corvo.

A entrada em funcionamento surge depois de várias demonstrações gratuitas nos três concelhos abrangidos pelo SMM, promovidas este mês pela Metro Mondego, entidade que assegura o serviço.



De acordo com nota de imprensa também enviada hoje pela Metro Mondego, a operação na sexta-feira inicia-se às 10:00 e prolonga-se até às 18:00.

A partir de sábado e até a exploração comercial plena até Serpins estar a funcionar, a operação no troço urbano entre a Portagem e Vale das Flores vai decorrer diariamente entre as 08:00 e as 20:00, incluindo aos fins de semana.

As viagens vão decorrer ao mesmo tempo “que se realizam testes em larga escala aos veículos, à infraestrutura, aos sistemas técnicos, à gestão da operação e à experiência dos passageiros”, por forma a serem corrigidas “eventuais falhas antes da exploração comercial”, explicou a Metro Mondego.

Além de ser esperado que até ao final do ano esteja a funcionar o serviço entre a Portagem e Serpins, é expectável que em 2026 possa estar a funcionar a operação entre Portagem e Coimbra-B, assim como a linha do hospital, no centro da cidade, empreitada com vários trechos ainda por concluir.

O serviço agora assegurado só abrange cinco dos 42 quilómetros totais da rede, que inclui 42 estações.

O início da operação, que o ministério intitula de “Metro do Mondego”, “responde a uma velha aspiração das populações daquela região do centro do país”, salientou o Governo.

O projecto implicou o fecho do ramal ferroviário da Lousã e conheceu vários atrasos, alterações e suspensões ao longo de mais de 30 anos, tendo sido parado, já depois de terem sido removidos os carris em 2010.


“Um investimento de 220 milhões de euros”

O SMM, que estava previsto ser um metropolitano ligeiro de superfície, foi retomado em 2017 pelo Governo liderado por António Costa, que reformulou o projecto, mantendo o mesmo traçado e substituindo o metropolitano pelos autocarros eléctricos articulados.


Para o MIH, o sistema “fomenta a coesão urbana entre estes municípios, promovendo o desenvolvimento local e o combate à pobreza de mobilidade”, criando “uma rede de transportes eficiente e complementar a partir da interoperabilidade com os outros operadores de transporte”.

Segundo o Ministério das Infraestruturas e Habitação, o SMM representa um investimento de 220 milhões de euros.

O SMM tem a expectativa de registar 13 milhões de passageiros por ano e um intervalo entre autocarros de cinco minutos, em período de ponta.

Lusa/DI