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Mais hóspedes, menos estrangeiros: turismo cresce em Maio com ajuda dos residentes
O sector do alojamento turístico em Portugal voltou a crescer em Maio de 2025, registando 3,2 milhões de hóspedes (+2,6%) e 7,8 milhões de dormidas (+1,3%) face ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados preliminares divulgados esta segunda-feira pelo INE. Os proveitos totais ascenderam a 717 milhões de euros (+8,7%) e os proveitos de aposento atingiram 550,6 milhões de euros (+8,9%).
Este crescimento foi impulsionado exclusivamente pelo mercado interno. As dormidas de residentes aumentaram 5,9%, para um total de 2 milhões, enquanto as de não residentes registaram um ligeiro recuo de 0,2%, totalizando 5,8 milhões de dormidas. Em Abril, ambas as categorias haviam apresentado crescimentos mais expressivos.
Mercado norte-americano em destaque; Brasil em queda
Entre os principais mercados emissores, os EUA destacaram-se com um crescimento de 6,0% nas dormidas. O mercado britânico manteve-se como o mais representativo entre os estrangeiros (19,4% do total), com uma variação positiva de 1,2%. Já a Alemanha, segundo mercado externo, registou uma queda de 7,7%. O Brasil teve o maior recuo entre os dez principais mercados, com uma descida de 11,6%.
Centro e Norte lideram crescimentos regionais
As regiões do Norte (+6,6%) e do Centro (+5,6%) lideraram o crescimento no número de dormidas. Em contraste, o Algarve e a Grande Lisboa apresentaram decréscimos de 3,1% e 0,7%, respectivamente. Ainda assim, o Algarve manteve-se como a principal região turística (25,8% das dormidas), seguido pela Grande Lisboa (24,1%).
Entre os residentes, os maiores aumentos verificaram-se na Madeira (+31,9%), Norte e Centro (ambos +7,5%). Já nos não residentes, as dormidas cresceram sobretudo nos Açores (+8,5%) e no Norte (+6,2%), enquanto o Algarve e o Oeste e Vale do Tejo registaram as maiores quebras.
Estada média e taxas de ocupação em ligeira retracção
A estada média fixou-se em 2,44 noites, o que representa uma redução de 1,3% face a Maio de 2024. Os valores mais elevados observaram-se na Madeira (4,35 noites) e no Algarve (3,68 noites), enquanto os mais baixos ocorreram no Centro (1,62) e no Oeste e Vale do Tejo (1,69). A estada média subiu ligeiramente entre residentes (+1,2%) e recuou entre não residentes (-1,8%).
A taxa líquida de ocupação-cama foi de 52,3%, com um decréscimo de 0,5 pontos percentuais face a Maio de 2024. Já a ocupação-quarto subiu ligeiramente, para 64,7%. As taxas mais elevadas observaram-se na Madeira (72,3%) e na Grande Lisboa (64,2%).
Receitas em forte crescimento nas regiões autónomas
Em termos de receita, a Grande Lisboa liderou com 31,9% dos proveitos totais e 34,0% dos de aposento, seguida do Algarve (22,5% e 20,7%) e do Norte (17,5% e 18,3%).
Os maiores crescimentos registaram-se nas regiões autónomas da Madeira (+21,1% nos proveitos totais) e dos Açores (+14,7%). O Algarve, por outro lado, teve os aumentos mais modestos: +3,8% nos proveitos totais e +4,2% nos de aposento.
Indicadores de rentabilidade sobem
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) subiu 6,7%, para 83,4 euros, e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) aumentou 5,8%, situando-se nos 128,9 euros.