Lisboa distingue arquitecto Gonçalo Byrne
A Câmara de Lisboa aprovou ontem, por unanimidade, a atribuição da Medalha de Honra da Cidade ao arquitecto Gonçalo Byrne.
Em reunião pública, o executivo municipal aprovou, por escrutínio secreto, com os votos a favor dos 17 membros, a distinção.
Nascido em Alcobaça, em 1941, Gonçalo Byrne formou-se em arquitectura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, é Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa e pela Universidade de Alghero, é também o fundador e director executivo do atelier de arquitectura Gonçalo Byrne Arquitectos, Lda, e recentemente concluiu o seu mandato como presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitectos (2020-2023).
“A sua relação com a cidade de Lisboa espelha o seu percurso profissional, elegendo-a, sistematicamente, como simultâneo objecto de fascínio e de estudo”, lê-se na proposta da câmara, realçando como intervenções na cidade “o icónico complexo residencial ‘Pantera Cor-de-Rosa’ (em coautoria com António Reis Cabrita), obra que pauta o início do seu gabinete em nome próprio”, assim como a reabilitação do quarteirão ‘Império’ no Chiado, associada à reestruturação e regeneração urbana desta área.
Outras das intervenções de destaque são as várias instalações para os Campus Universitários (como por exemplo, o edifício do Departamento de Matemática da Universidade de Lisboa, o edifício C8 da mesma, a extensão e reabilitação do ISEG, entre outras) e, mais recentemente, a requalificação da sede do Banco de Portugal (em coautoria com João Pedro Falcão de Campos) e a requalificação do Teatro Thalia (juntamente com Barbas Lopes Arquitectos).
Na apresentação da proposta, a vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), enalteceu o trabalho do arquitecto Gonçalo Byrne “pela longevidade e pela diferença de intervenção na cidade, começando na habitação como muita força”.
Filipa Roseta revelou ainda, como curiosidade, que “há muitos poucos arquitectos que receberam a medalha da cidade, desde que ela existe, desde os anos 1930”, indicando que Gonçalo Byrne é o quinto arquitecto a recebê-la, juntando-se a Álvaro Siza Vieira, José Luís Monteiro, Cottinelli Telmo e Nuno Teotónio Pereira.
Lusa/DI