
O Lionesa Business Hub
Lionesa Business Hub aposta no futuro da Linha Ferroviária de Leixões
Em 10 dias, a reactivação da circulação ferroviária de passageiros na Linha de Leixões, já permitiu a mobilidade de quase 18 mil passageiros, com resultados notórios na comunidade do Lionesa Business Hub (LBH). Mas, apesar do sucesso inicial na reactivação da Linha de Leixões, para Eduarda Pinto, directora geral do LBH, “esta infraestrutura enfrenta desafios que podem comprometer a sua viabilidade a longo prazo”.
Com a futura integração da rede de autocarros UNIR e a instalação de docas para bicicletas e trotinetes eléctricas, “o trajecto ainda carece de intervenção para garantir uma experiência de mobilidade mais eficiente e acessível”. “Sem um plano de investimento e requalificação que contemple estas necessidades, a linha corre o risco de não atingir o seu verdadeiro potencial como solução estruturante para a mobilidade da região”, adianta a responsável. Neste contexto, o Grupo Lionesa mostra-se disposto “a criar condições na própria estação”, “uma vez que a falta de conforto e de infraestruturas de acesso pode levar rapidamente ao desuso da linha”.
A pensar na expansão do campus
“Estamos a trabalhar num projecto de expansão que prevê que atinjamos os 20 mil colaboradores em 2030. Estes números comprovam a importância da linha para a mobilidade na região e a aposta no crescimento da mesma, mas temos de afinar detalhes que podem fazer toda a diferença no aumento da procura”, adianta Eduarda Pinto, responsável do LBH. Apesar da curta distância a pé - 15 minutos - as infraestruturas de acesso “são insuficientes”, o que levou a que o Lionesa Business Hub disponibilizasse um shuttle para estabelecer a ligação entre o campus e a estação. Diariamente são feitas 9 viagens gratuitas e exclusivas para a comunidade de colaboradores do hub.
Para Eduarda Pinto, “a travessia da linha para o outro lado da estação, é uma medida que ajudaria a reduzir o tempo de trajecto para metade e que irá contribuir significativamente para o aumento e eficiência do percurso”. Ao mesmo tempo, com as infraestruturas da estação de Leça do Balio a servir como armazém para uma empresa de construção, o conforto dos passageiros que a utilizam é comprometido. “A mobilidade é um factor essencial, uma mudança chave para a atracção de talento de gerações que tanto valorizam o transporte público moderno, eficaz e sustentável”, acrescenta.
A retoma do serviço na Linha de Leixões resulta de um protocolo estabelecido entre a Câmara de Matosinhos, a CP – Comboios de Portugal e a Infraestruturas de Portugal.
Actualmente com o processo em fase de expansão, o Lionesa Business Hub pretende aumentar a área útil do seu campus e disponibilizar novos serviços. Além de escritórios, o espaço inclui opções de alojamento, campos de paddle, restaurantes, ginásio, entre outros.
A retoma do serviço na Linha de Leixões, operacional desde 9 de Fevereiro deste ano, resulta de um protocolo estabelecido entre a Câmara de Matosinhos, a CP – Comboios de Portugal e a Infraestruturas de Portugal. Com um total de 60 circulações diárias nos dias úteis e 34 aos fins de semana e feriados, esta ligação reforça a mobilidade na Área Metropolitana do Porto.
Em Janeiro de 2023 - recorde-se -, o LBH encabeçou um movimento de mais de uma centena de empresas que operam na Via Norte, para apelar à activação urgente de um sistema de transporte regular de passageiros na Linha de Leixões. Numa carta enviada ao então Ministro das Infraestruturas, reclamaram uma solução de mobilidade integrada, não poluente e multimodal, capaz de assegurar a melhoria da mobilidade das mais de 15 mil pessoas que operam no local e de, simultaneamente, promover a competitividade do transporte colectivo público. Além do Lionesa Bussiness Hub, em representação das mais de 120 empresas que alberga, são subscritores da proposta 12 empresas que operam na Via Norte, entre as quais a Sonae, o Super Bock Group, a Efacec, a CIN, a Schmitt Elevadores, a Makro, o Grupo AJPinto, a Pemel, a Famotor e a Petibol.