Insolvências atingem o valor mais baixo dos últimos três anos
Os primeiros onze meses do ano registam um total de 3.644 insolvências, menos 770 que no mesmo período de 2021, valor que traduz um decréscimo de 17%. Este resultado é o mais baixo dos últimos três anos. A média mensal, em 2022, situa-se nas 331 insolvências contra uma média de 401 em 2021, 420 em 2020 e 418 em 2019. O mês de Novembro fechou com um total de 393 insolvências, menos 117 que no período homólogo de 2021 (-23%).
Por tipologia de acções, nos onze meses deste ano há a registar 642 pedidos de insolvência requeridos por terceiros, menos 182 que em 2021 (-22%), 681 apresentações à insolvência pelas próprias empresas, menos 176 que no ano passado (-21%), e 39 encerramentos com plano de insolvência (-13%).
Os distritos de Lisboa e do Porto apresentam os valores absolutos mais elevados, 964 e 820 insolvências, respectivamente. Face a 2021, verifica-se uma diminuição tanto em Lisboa (-6,0%) como no Porto (-26%). Os decréscimos mais significativos verificam-se em Angra do Heroísmo (-33%), na região autónoma da Madeira (-32%) e em Vila Real (-31%). Destaque, ainda, para as descidas nos distritos de Viana do Castelo (-30%), Braga (-29%) e Coimbra (-23%).
Horta e Bragança são os únicos distritos com aumentos nas insolvências que traduzem incrementos de quase 167% no primeiro caso e cerca de 57% no segundo. Contudo, estes dois distritos conjuntamente representam 0,8% do total de insolvências.
Há excepção do sector da Eletricidade, Gás e Água (+13%) todos os outros sectores de actividade apresentam decréscimos nas insolvências, com variações percentuais que oscilam entre -33% (Telecomunicações) e -1,2% (Transportes). Até final de Novembro, destaque para o decréscimo de -20% na Indústria Transformadora, -20% na Construção e Obras Públicas e -19% no sector da Hotelaria e Restauração. O Comércio de Veículos regista uma diminuição de -12% face a 2021.
Constituições crescem 15% face a 2021
As constituições atingem o total de 44.260 novas empresas em onze meses, mais 5.905 que no mesmo período de 2021 (+15%). Os valores mais significativos surgem em Lisboa, com 15.463 constituições (+26%), e no Porto, com 7.349 novas empresas (+9,1%). Lisboa aumenta o seu peso no total, evoluindo de 32% em 2021 para 35% em 2022, enquanto o Porto perde peso com uma diminuição de 18% em 2021 para 17% em 2022.
Os aumentos percentuais mais relevantes registam-se nos distritos de: Faro (+26%); Ponta Delgada (+25%); Setúbal (+23%) e região autónoma da Madeira (+19%). Os aumentos menos acentuados registam-se na Guarda (+1,7%), em Braga (+1,6%) e Castelo Branco (+0,9%). Com variação negativa surgem quatro distritos: Bragança (-12%); Évora (-8,4%); Viseu (-3,8%) e Viana do Castelo (-1,5%).
Por sectores, as maiores variações são notadas nos Transportes (+114%), nas Telecomunicações (+31%) e na Hotelaria e Restauração (+21%). Com variação negativa face a 2021 destacam-se a Indústria Extrativa (-31%), o Comércio a Retalho (-14%), a Indústria Transformadora (-4,8%) e a Agricultura, Caça e Pesca (-1,6%).