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Imobiliário comercial registou um investimento de 749 milhões de euros no primeiro semestre

16 de agosto de 2023

O imobiliário comercial registou um investimento de 749 milhões de euros no primeiro semestre de 2023, dos quais 499 milhões foram transaccionados no 2º trimestre do ano.

De acordo com o mais recente relatório Marketbeat Snapshot, da Cushman & Wakefield (C&W), que resume a actividade imobiliária comercial em Portugal durante o segundo trimestre de 2023, face ao panorama da economia actual, e de acordo com a Moody's Analytics, o crescimento do PIB português deverá abrandar para 2,5% em 2023 (após 6,7% registados em 2022), mantendo-se, no entanto, como uma das melhores taxas de crescimento da zona euro. O investimento continua a ser impactado por alguma incerteza global e espera-se que diminua 1% em 2023, crescendo 4,9% em 2024. Após ter atingido 7,8% em 2022, a inflação deverá agora moderar gradualmente para 4,3% em 2023 e 2,4% em 2024.

Investimento

O investimento em imobiliário comercial registou uma recuperação ao longo do segundo trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior, com 499 milhões de euros transacionados, elevando o volume do primeiro semestre de 2023 para 749 milhões de euros, o que reflecte um aumento de 18% em termos homólogos. A transacção de seis hotéis do grupo Dom Pedro foi o principal contribuinte para este resultado, representando cerca de 50% do volume transacionado neste trimestre.

Mercado de escritórios

O mercado de escritórios da Grande Lisboa registou 33 novos negócios de ocupação, num volume total de absorção de 18.650 m2 no segundo trimestre de 2023. Com um total de 72 transações registadas até junho, a absorção no primeiro semestre atingiu 38.320 m², representando uma queda de 77% em relação ao ano anterior (YoY). A área média de transações diminuiu para 530 m², em comparação com os 1.600 m² registados no primeiro semestre de 2022.

O Parque das Nações (zona 5) atingiu a maior quota de ocupação (45%) no segundo trimestre do ano. Se considerarmos o volume de absorção de Janeiro a Junho, o Parque das Nações acumulou 26% da absorção, seguido do Corredor Oeste (zona 6), a representar 17%.

O mercado de escritórios do Grande Porto registou uma absorção de 17.495 m2 no segundo trimestre do ano, com 19 novos negócios. O volume de absorção, até junho, atingiu os 25.180 m2 com 32 novos negócios, o que representa uma quebra homóloga de 17%. A área média arrendada registou um decréscimo de 9% face ao primeiro semestre de 2022, situando-se nos 790 m2.

As zonas ZEP (zona 3) e Matosinhos (zona 6) foram as zonas mais procuradas, atraindo, respectivamente, 32% e 25% do volume total de absorção no 2º trimestre de 2023.

Retalho

Durante o segundo trimestre de 2023, o segmento do retalho não registou conclusões de novos projectos. Nos próximos três anos, espera-se que um total de 93.500 m² de área bruta locável (ABL) estejam disponíveis no mercado, incluindo o Nova Vila Retail Park, o City Covilhã e o Salinas Park, que deverão abrir em 2023, e a remodelação e expansão do Centro Colombo (Lisboa) para 2025. O comércio de rua dominou no 2º trimestre de 2023 com 61% do total de novas aberturas, seguido de centros comerciais com 20% e unidades stand alone com 15% dos negócios.

A procura de retalho agregada pela Cushman & Wakefield registou 127 novas aberturas no segundo trimestre de 2023, o que totaliza 60.180 m².

Industrial & Logística

Durante o segundo trimestre de 2023, 17 novos negócios de ocupação - com um total de 111.980 m2 - tiveram lugar em Portugal no sector de I&L. O volume de absorção até junho atingiu os 307.760 m2, representando um aumento homólogo de 54%. No segundo trimestre, a atividade concentrou-se sobretudo na zona do Grande Porto, que registou 73.170 m2 de área ocupada. A área média arrendada atingiu os 8.790 m2 no primeiro semestre do ano.

Os Marketbeat Snapshots da Cushman & Wakefield analisam trimestralmente a atividade imobiliária comercial em Portugal nos setores de escritórios, retalho e industrial, incluindo a oferta, a procura e as tendências de preços ao nível do mercado e do submercado.