Morar nas zonas prime de Lisboa ainda custa mais de 5.000 euros por metro quadrado
A cidade de Lisboa continua a ser a que atinge valores mais elevados para comprar casa. Apesar de se ultrapassarem os 10 mil euros o metro quadrado em alguns projectos residenciais, o valor médio em duas freguesias atinge mais de 5.000 euros/m2.
De acordo com os últimos dados do INE – Instituto Nacional de Estatísticas, no período de 12 meses terminado em Março de 2021, duas das 24 freguesias da capital registaram preços medianos para vender casa em Lisboa superiores a 4 500 euros/m2, nomeadamente Santo António (5 425 euros/m2) – que inclui a Avenida da Liberdade e áreas adjacentes – e Santa Maria Maior (5 128 euros/m2) – que inclui a área do Castelo e Baixa/Chiado.
Já as freguesias Carnide, Arroios, Santa Maria Maior, Belém, São Vicente, Santo António, Areeiro e Estrela registaram, simultaneamente, um preço mediano acima do valor da cidade de Lisboa (3 296 euros/m2) e taxas de variação, face ao período homólogo, mais expressivas que a verificada na cidade (-1,1%) e positivas, com exceção da Estrela que apresentou uma variação nula.
As freguesias de Santa Clara, Beato, Benfica, Marvila, Lumiar, Penha de França e Alcântara registaram, no 1º trimestre de 2021, preços e taxas homólogas inferiores aos da cidade de Lisboa, destacando-se deste conjunto a freguesia de Santa Clara por apresentar o menor preço mediano (2 097 euros/m2), entre as freguesias da cidade de Lisboa.
O INE indica ainda que para além destas sete, também freguesias com preços superiores aos da cidade registaram taxas homólogas inferiores às de Lisboa: São Domingos de Benfica (-3,1%), Parque das Nações (-3,9%), Alvalade e Avenidas Novas (ambas com -5,7%), Campo de Ourique (-7,9%) e Misericórdia (-14,3%).
De recordar também que o valor da avaliação imóvel em Lisboa continua em crescendo, batendo recordes. Em Maio, o INE avançou que no valor mediano de avaliação bancária nos apartamentos o mais elevado foi observado na Área Metropolitana de Lisboa (1 586 euros/m2). A Área Metropolitana de Lisboa, o Algarve e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país.
Resultados que demonstram que o mercado imobiliário de Lisboa mesmo em tempo de pandemia, continua em alta e sem perspectivas de descer nos preços e na valorização dos imóveis.
Por esse motivo ainda se mantém nos radares dos investidores internacionais a que se deve também pelo facto de Portugal ser um dos cinco países mais seguros do mundo, segundo o Global Peace Index 2021, surgindo apenas atrás da Islândia, da Nova Zelândia e da Dinamarca. Ou seja, é o segundo entre os países da União Europeia. A par disso conquistou recentemente a 10.ª posição das economias mais atractivas para o investimento directo estrangeiro (IDE), em 2020, em termos de número de projectos, num total de 154, de acordo com um estudo da EY.
Razões para que este ano, depois do 16º lugar obtido em 2020 no Expat Insider survey, da InterNations, Portugal sobe ao 5º lugar do ranking de 2021, como um dos melhores países do mundo para os estrangeiros viverem e trabalharem.