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Ministro Pedro Nuno Santos recusa crédito bonificado como solução para acesso à habitação

 

Ministro Pedro Nuno Santos recusa crédito bonificado como solução para acesso à habitação

29 de abril de 2022

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, defendeu hoje que o crédito bonificado não é a solução para o acesso à habitação em Portugal, justificando que as famílias portuguesas são das mais endividadas.

"O crédito bonificado não é a solução para habitação em Portugal. Nós não temos apenas um dos Estados mais endividados, temos também, infelizmente, das famílias mais endividadas do mundo. A principal razão do endividamento das famílias portuguesas é o crédito à habitação", disse Pedro Nuno Santos, durante o debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), na Assembleia da República.

 

Um parque habitacional público residual: 2%

O ministro das Infraestruturas e da Habitação respondia a um pedido de esclarecimento de Inês Sousa Real, deputada do PAN, sobre se estaria disponível para acompanhar a proposta que o partido irá apresentar para que jovens, com idades compreendidas entre 18 e 35 anos, possam ter acesso à taxa de juro bonificado.

 

"Essa não é hoje a solução correta para dar resposta aos problemas do acesso à habitação. Não queremos mais novas famílias portuguesas com uma mochila de dívida até ao final das suas vidas. Hoje temos de conseguir encontrar outras coisas", afirmou Pedro Nuno Santos.

Nas políticas de habitação, o Ministro lembrou a «ausência crónica de investimento nas políticas de habitação», que "resultou num parque habitacional público residual: 2% do parque total do país, uma das mais baixas percentagens da União Europeia».

O Governo define como objectivos estratégicos, «em primeiro lugar, - disse - garantir o acesso a uma habitação condigna às pessoas com elevada carência económica, através do Programa 1.º Direito; em segundo lugar, promover respostas dirigidas a famílias com rendimentos médios, com a criação de um Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis, e com recurso prioritário ao património público devoluto; em terceiro lugar, executar o plano de reabilitação do parque habitacional do IHRU; por fim, criar uma Bolsa de Alojamento Urgente e Temporário, capaz de responder a situações de emergência e destinada a pessoas em situação de risco».