
Mercado arrefeceu no final do ano
Profissionais do sector imobiliário apontam estabilização dos preços a curto prazo, bem como da actividade em geral. Também o tempo médio para venda de imóveis desceu para um valor próximo dos 13 meses, ao passo que o tempo médio para arrendamento subiu para pouco mais de 4 meses e meio.
Estas são algumas das conclusões do IMI-Imovirtual Market Index de Novembro, que revela ainda que, com o aproximar do final do ano, o mercado sofreu um ligeiro ajustamento em baixa, relativamente ao passado mês de Outubro. Isto resulta não só da sazonalidade, como pelo facto de se constatar, entre os profissionais, uma crescente preocupação em relação à manutenção de elevados níveis de restritividade bancária e ao aumento da EURIBOR para níveis máximos do último ano.
O inquérito salienta que os profissionais do sector demonstram ainda um maior consenso no que diz respeito às expectativas de curto prazo, não só para os preços de mercado (com 64,7% dos inquiridos a apontarem para uma estabilização dos mesmos), como para a própria actividade em geral (uma vez que 46,8% das respostas indicam a manutenção dos atuais níveis).
As respostas dos inquiridos desvendam que os principais obstáculos encontrados pelos profissionais para escoarem os seus imóveis foram, em primeiro lugar, a restritividade bancária (61,7%), seguida da diminuição do poder de compra (61,2%) e ainda a instabilidade do mercado de trabalho (60,2%).
Apesar do índice continuar em terreno positivo, o efeito sazonalidade (inerente ao fim do ano e à efectiva penalização fiscal que a aquisição de imóveis implica nesta altura) repercutiu-se nas respostas obtidas, uma vez que 20,4% dos profissionais reportaram uma ligeira deterioração do dinamismo da procura face a Outubro e 25,9% indicaram o mesmo comportamento para o volume de transacções realizadas.