França: Estação ferroviária à venda não encontra comprador
Com um preço base de licitação de apenas 36.001 euros, uma antiga estação de caminho-de-ferro desactivada, na povoação de Châtillon-sur-Seine, na região administrativa da Borgonha – Cote d’Or, cuja capital é Dijon, não encontrou comprador.
A plataforma Agorastore.fr é uma referência para leilões online de propriedades de municípios, organismos públicos e grandes empresas em território francês. De quando em vez vale a pena dar uma olhada para ver as novidades no mercado gaulês. A mais recente foi uma antiga estação de caminho-de-ferro desactivada, na povoação de Châtillon-sur-Seine, na região da Borgonha, à beira da região do Champagne, que não encontrou comprador. O leilão terminou há minutos e muito o preço de licitação fosse de apenas 36.001 euros ninguém se chegou à frente.
Perfeito da região quer o regresso ao tráfego de passageiros...
A propriedade, com 491 m² de área construída, situada numa povoação rodeada de grande área florestal e que conta com pouco mais de 5 mil habitantes não teve licitantes, muito embora o preço/m2 fosse, aparentemente tentador: 73 euros. O pequeno óbice é que embora o imóvel tenha uma traça muito interessante e uma fachada algo imponente, necessita de obras integras de reabilitação.
A estação, aberta ao tráfego de passageiros em 1864, deixou de funcionar em 1994. Muito embora por ali ainda passem algumas composições de mercadorias. É natural que o imóvel venha de novo à praça online para ver se encontra comprador e a SNCF (a empresa de caminho-de-ferro francesa) possa arrecadar um trocos.
O futuro hipotético comprador sabe porem que não poderá atribuir ao imóvel qualquer utilização que deseje. São proibidas as discotecas, edifícios comerciais com mais de 300 m² cuja actividade esteja relacionada com a venda de alimentos e novas construções agrícolas.
Segundo a imprensa local, a SNCF tem tentado livrar-se desta estação nos últimos dez anos. O presidente da prefeitura lamenta, porém, à France Bleu Bourgogne "que o Estado não a volte a pôr em funcionamento (a estação e a linha), especialmente numa altura em que se fala de descarbonização, transportes públicos e eliminação dos veículos de combustão".