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Fevereiro assinala forte retoma da procura de escritórios em Lisboa e Porto

22 de março de 2024

De acordo com o último Office Flashpoint da JLL, os níveis de absorção mais que triplicaram em ambos os mercados.

Em termos acumulados, o mercado da capital é aquele onde a retoma da ocupação é mais evidente, estando muito próxima da barreira dos 50.000 m2 a um mês do final do trimestre. Os dados são divulgados pela JLL no âmbito do Office Flashpoint, relatório mensal que apresenta o desempenho do mercado ocupacional de escritórios em Lisboa e Porto.

Exibindo níveis de atividade excecionais, em fevereiro foram concretizadas 18 operações que somaram uma ocupação de escritórios de 42.300 m² em Lisboa, volume que é seis vezes superior quer face ao mês anterior quer face ao mesmo mês de 2023. Fevereiro fica também marcado pela conclusão de vários negócios envolvendo áreas de grande dimensão, o que se traduz numa área média por operação de 2.350 m² e em seis operações envolvendo espaços superiores a 1.000 m². A ocupação mensal foi impactada pela mudança da sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para o edifício WELL BE, no Parque das Nações, o qual envolveu uma área de 26.700 m2 e que, crê-se, será um dos maiores do ano. De qualquer forma, outras operações de grande dimensão estão em destaque, nomeadamente a instalação da Monday by Urbania no Marquês de Pombal 2 (3.850 m²); e uma operação de tomada de 2.240 m² na zona 4. Espelhando o impacto da mudança da CGD para os resultados do mês, a zona 5 – Parque das Nações foi a mais dinâmica neste período, concentrando 64% da absorção mensal, enquanto o setor dos Serviços Financeiros liderou do lado da ocupação, com uma quota idêntica. Da mesma forma, a venda do espaço correspondeu a 63% da ocupação, com o arrendamento a representar apenas 35% da absorção mensal. A JLL atuou em quatro destas operações, colocando uma área total de 5.500 m² neste mês.

Em termos acumulados, nos dois primeiros meses de 2024 já foram ocupados 49.060 m² e concluídas 30 operações no mercado de escritórios da capital, com o volume de absorção a mais do que quadruplicar face aos 10.600 m2 tomados no período homólogo. Nestes dois meses de 2024 foram registadas nove operações envolvendo áreas superiores a 1.000 m², contribuindo para que a área média por operação tenha aumentado para 1.635 m². Mais de metade (57%) da área transacionada desde o início do ano encontra-se no Parque das Nações (zona 5), sendo o Prime CBD (zona 1) o segundo eixo mais dinâmico, com 18% da ocupação. O sector dos Serviços Financeiros foi o grande motor da procura, garantindo 60% da ocupação.

Fevereiro foi igualmente um mês favorável para o mercado do Porto, que atingiu uma ocupação de 4.850 m² e crescimentos de 233% face a janeiro e de 27% em termos homólogos. Dos cinco negócios concretizados, quatro foram assessorados pela JLL – que garantiu 98% da ocupação mensal, 4.740 m² -; sendo que três envolveram espaços superiores a 1.000 m², impulsionando a área média por operação para 969 m². Em termos de tipologia, todas as operações foram de arrendamento para ocupação imediata. A zona 3 – Zona Empresarial do Porto acolheu 57% da ocupação, fortemente impulsionada pela instalação de duas novas entidades no ICON Offices, nomeadamente a Fujifilm (1.624m²) e a Vodafone (1.046 m²). Estas duas operações foram assessoradas pela JLL, que também foi a consultora responsável pela colocação da i-Charging numa área de 1.730 m² no Marechal 50 (zona 1), naquele que foi o maior negócio até à data. O sector das TMT's & Utilities foi o mais dinâmico do lado da procura, assegurando a tomada de 98% do espaço transaccionado neste mês.

A boa performance de fevereiro elevou para 6.300 m² a ocupação acumulada do mercado de escritórios do Porto em 2024, ligeiramente abaixo (- 8%) do nível de atividade reportado em igual período do ano passado (6.900 m²). O número de negócios concluídos desde o arranque do ano decresceu 18%, para um total de nove, dos quais três compreendendo áreas superiores a 1.000 m². Ainda assim, a área média por transação subiu para 700 m². As zonas 3 – Zona Empresarial do Porto e 1 – CBD Boavista são as mais dinâmicas, recebendo 47% e 45% da ocupação acumulada, respetivamente; sendo o setor das TMT's & Utilities responsável pela tomada de 92% dos espaços.

 "Os resultados de fevereiro vêm confirmar as nossas projeções para este início de ano, com o mercado de Lisboa a liderar claramente este movimento de retoma da procura; o que não surpreende, uma vez que também foi na capital que a ocupação mais travou em 2023. Estamos otimistas para 2024 e confiantes na evolução da ocupação em ambas as cidades, que deverão aproximar-se da média anual dos últimos anos", avança Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL.