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Construção

Falta de mão-de-obra, aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais estrangulam construção

11 de julho de 2023

No inquérito à situação no sector da construção, realizado pela AICCOPN, a maioria das empresas regista uma estabilização da actividade mas continuam os constrangimentos da Falta de mão-de-obra, aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais.

As respostas ao inquérito indicam que 54% das empresas evidenciam uma estabilização da actividade, o que traduz uma redução de 8 pontos percentuais (p.p.) face aos 62% apurados no trimestre anterior. Igualmente de realçar que, do total de empresas inquiridas, 30% assinalaram um crescimento da actividade e 16% sinalizaram um decréscimo da actividade neste trimestre, percentagens que correspondem a aumentos de 5 p.p. e 8 p.p, respectivamente. 

Relativamente aos constrangimentos à actividade, a falta de mão-de-obra especializada foi indicada por 67% das empresas e o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção, foi assinalado por 51% das empresas, percentagens que correspondem a variações, respetivamente, de +1 p.p. e de -11 p.p., face ao apurado no trimestre anterior. A concorrência excessiva / preços anormalmente baixos, sinalizado por 36% dos inquiridos, foi o terceiro problema mais reportado, seguido pelo preço base dos concursos demasiado baixos, identificado por 30% das empresas. 

No segmento das Obras Privadas, a falta de mão-de-obra especializada e o aumento dos preços das matérias-primas, energia e dos materiais de construção, foram assinalados, respectivamente, por 80% e 66% das empresas. O problema dos atrasos nos pagamentos passou a ser a terceira dificuldade mais relatada, tendo sido referido por 23% dos inquiridos. A concorrência desleal, reportada por 21% das empresas, foi o quarto problema mais indicado, neste segmento de actividade.