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Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) - IMF Photo Cory Hancock

FMI avisa que situação económica “ainda vai piorar antes de melhorar”

6 de outubro de 2022

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse hoje que a situação económica mundial, potenciada pelo aumento da inflação “ainda vai piorar antes de melhorar”, reconhecendo que a invasão da Ucrânia deitou por terra as previsões da entidade.

Num discurso, na Universidade de Georgetown, em Washington, Kristalina Georgieva disse que acreditava que a situação “ainda vai piorar antes de melhorar”.

“A incerteza é muito elevada”, referiu, destacando os efeitos da guerra, apontando que pandemia que “ainda não desapareceu” e acrescentando também que “os riscos em torno da estabilidade financeira estão a crescer”.

A directora-geral do FMI disse que a entidade estava novamente a descer as suas previsões para a economia mundial em 2023, projetando um crescimento económico inferior em quatro biliões de euros até 2026.

Georgieva disse ainda que a instituição já tinha descido as suas previsões de crescimento global três vezes e que esperava agora 3,2% para este ano e 2,9% para 2023.

A directora-geral do FMI disse que a situação poderia ser resolvida por três prioridades para as economias, apelando, em primeiro lugar, a medidas que reduzam a inflacção, impedindo que ela fique “entrincheirada” nos valores atuais. Ainda assim, disse que estes esforços devem ser equilibrados, porque senão podem empurrar “muitas economias para uma recessão prolongada”.

“Os bancos centrais têm de continuar a responder”, disse, “mesmo se a economia abrandar”.

A segunda prioridade, para Georgieva, passa por medidas orçamentais que protejam “as famílias e negócios mais vulneráveis”, avisando que estas medidas devem ser “muito bem direcionadas” e apelando aos países a que “não deem subsídios aos ricos”. A diretora-geral do FMI alertou ainda para os efeitos negativos de controlos generalizados de preços.

Por fim, Georgieva destacou a importância de apoiar os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento.

LUSA/DI