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Escritórios - Imagem de Jacques GAIMARD por Pixabay

Europa: mercado de escritórios a duas velocidades

5 de junho de 2023

Os valores de absorção (‘take-up’) de escritórios no primeiro trimestre de 2023 divergirram significativamente na Europa. Enquanto Oslo, Praga e Madrid registarem, respectivamente, aumentos de 50%, 19% e 5% em relação à média dos últimos cinco anos, Dublin, Budapeste e Lisboa registaram, respetivamente, quedas de 62%, 57% e 55%. Os dados são divulgados no mais recente estudo de reserch da consultora internacional Savills.

Para o mercado de escritórios de Lisboa, 2022 foi um ano recorde tendo sido registado um volume de absorção total de 272.000 m2. Mas o mercado enfrenta agora o desafio, conforme se verifica em outros mercados, de não ter ‘stock’ de qualidade suficiente.

De acordo com a consultora imobiliária internacional, as taxas de disponibilidade na Europa aumentaram em média 50 pontos base, de 7,1% para 7,6%, durante os últimos doze meses, uma vez que alguns inquilinos optam por adiar a assinatura de novos contratos de arrendamento. Esta situação é mais evidente em Dublin (+350 pontos base para 14,0%), Paris La Défense (+270 pontos base para 15,7%) e Budapeste (+240 pontos base para 12,2%). As taxas de disponibilidade core mantêm-se muito baixas, com Paris CBD (2,4%), Colónia (3,0%), Berlim (3,3%) e Estocolmo (4,0%) a apresentarem um défice de stock de primeira linha.

Segundo Frederico Leitão de Sousa, Responsável dos Gabinetes da Savills Portugal sublinhou: "À semelhança das realidades de outros mercados europeus, Lisboa denota uma clara diferenciação e preferência dos inquilinos por edifícios de qualidade e responsáveis. Este tem sido um requisito apresentado maioritariamente por empresas internacionais, devido à sua maior capacidade financeira, que lhes permitem fazer face aos custos inerentes a este tipo de activos”.