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Economia portuguesa deverá crescer 1,3% em 2024 e 2,3% em 2025

27 de dezembro de 2023

O produto interno bruto (PIB) de Portugal deverá crescer 1,3% em 2024, de acordo com as projecções da Allianz Trade*, accionista da COSEC- Companhia de Seguro de Crédito. Este valor representa uma ligeira revisão em alta face à anterior estimativa da líder mundial de Seguro de Crédito. Já no ano seguinte, em 2025, a economia portuguesa deverá registar uma expansão de 2,3%. Em ambos os casos, a evolução económica portuguesa deverá ficar acima da média da Zona Euro.

As estimativas para o PIB da Zona Euro apontam para um crescimento de 0,8% em 2024 e de 1,7% em 2025. Os economistas da Allianz admitem que, após um período de estagnação económica, a Zona Euro poderá começar a recuperar no segundo semestre de 2024, fruto de um desagravamento de algumas condições económicas. Por um lado, o aperto monetário por parte do Banco Central Europeu deverá tornar-se menos agressivo, o que facilitará as condições financeiras. Por outro lado, a crise energética – que tem sido um entrave ao desenvolvimento da indústria europeia devido aos elevados preços da eletricidade – está a dar sinais de alívio.

Entre as principais economias do bloco da moeda única, e os principais parceiros comerciais de Portugal, as projecções da Allianz Trade aponta para um crescimento económico da Alemanha de  0,5% em 2024 e de 1,7% em 2025. A França, por sua vez, deverá ver o seu PIB avançar 0,7% em 2024 e 1,5% no ano seguinte. Já a Espanha deverá crescer 1,5% em 2024 e 2,2% em 1,8% no ano seguinte.

Os especialistas da Allianz alertam ainda que o ano de 2024 será marcado por alguma incerteza económica, fruto do calendário eleitoral. Os países que representam 60% do PIB mundial vão ser chamados às urnas. Além de Portugal, na Europa, Finlândia, Croácia e Rússia vão ter também eleições no primeiro trimestre. No segundo trimestre, realizam-se as eleições para o parlamento europeu. E, no último trimestre, Reino Unido, Estados Unidos, Lituânia e Roménia são alguns dos países cujos cidadãos vão ser chamados às urnas.

Por isso, e tendo em conta este contexto, os economistas acreditam que a tónica que marcará famílias e empresas é de alguma cautela, optando por adiar alguns dos grandes investimentos que poderiam estar na calha até o cenário económico e político ser mais claro.

A economia mundial deverá, ainda assim, avançar 2,4% em 2024 e 2,8% no ano seguinte. A maior economia do globo, os EUA, deve registar um crescimento do PIB de 1,4% em 2024 e de 1,9% em 2025. Quanto à China, a segunda maior economia do mundo, o crescimento económico deverá situar-se nos 4,6% em 2024 e nos 4,2% em 2025.

Inflação aproxima-se do objectivos dos bancos centrais

A inflação tem estado em níveis elevados tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos. Os bancos centrais têm como meta que a inflação se situe em torno dos 2%. E 2024 deverá ser um ano em que as economias já começam a dar sinais mais concretos de aproximação a esse objectivo. Os economistas da Allianz defendem que o índice de preços no consumidor continuará a sua trajectória em direcção à normalização mas que os bancos centrais deverão, ainda assim, manter uma postura cautelosa, aguardando por sinais concretos.

No entanto, os especialistas apontam que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) deverá começar o seu ciclo de flexibilização em Junho de 2024, com um corte nos juros de cerca de 25 pontos base. Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) deverá actuar no mesmo sentido em Julho. Quanto ao Banco de Inglaterra, a descida dos juros deverá ter lugar em Setembro.

Assim, e no que diz respeito à inflação em cada economia, a líder mundial em Seguro de Crédito estima que Portugal deverá fechar o ano de 2024 com uma taxa de 2,4% e de 1,8% no ano seguinte. A média da Zona Euro deverá ser de 2,5% em 2024, abrandando para 2,1% em 2025. Entre as grandes economias do euro, a Alemanha deverá registar uma taxa de inflação de 2,6% em 2024 e de 2,2% em 2025. A França deverá fechar 2024 com uma inflação de 1,8% em 2024 e de 2% em 2025.