Crédito à habitação no Santander cresceu 1,8% no primeiro trimestre
Os três primeiros meses do ano resultaram em 22.675 milhões de euros em crédito à habitação no Santander tendo crescido 1,8% face ao mesmo período de 2022. Na apresentação dos resultado, a instituição financeira revelou ainda que a dinâmica actividade de originação foi compensada pela amortização antecipada de créditos por parte das famílias, que assim ajustam o seu perfil de activos e passivos financeiros ao novo contexto de taxas de juro mais elevadas.
Ao nível do crédito ao consumo, a carteira cresceu 4,7% em termos homólogos. O crédito a empresas, no montante de 14,9 mil milhões de euros, registou um decréscimo de 7,2% face ao mesmo período de 2022. À semelhança da dinâmica observada já no final de 2022, a redução reflete a conjugação de vários fatores, tais como um conjunto de vencimentos programados ao nível de empresas de maior dimensão, que dispõem também de maior liquidez, além dos impactos da envolvente económica, com a incerteza global e a subida das taxas de juro, e ainda a amortização de linhas com garantia do Estado criadas no período da pandemia.
O rácio de Non-Performing Exposure (NPE), calculado de acordo com o critério EBA (em relação a exposições de balanço), reduziu-se para 2,1% em março de 2023, uma redução de 0,2pp face ao período homólogo, sendo que a respetiva cobertura se fixou em 87,7%. Os recursos de clientes ascenderam a 44,8 mil milhões de euros, um decréscimo de 5,5% relativamente ao mesmo período do ano passado. Os depósitos de clientes situaram-se em 37,3 mil milhões de euros (-4,9% em termos homólogos), refletindo em grande medida a amortização antecipada de crédito pelos clientes. Os recursos fora de balanço recuaram 8,4% face ao final do primeiro trimestre de 2022, refletindo em particular as condições de mercado. Face ao final de 2022, as aplicações de clientes em fundos de investimento e em seguros financeiros e outros recursos cresceram 3,0%.
"Nos três primeiros meses do ano, alcançámos um resultado líquido de 186 milhões de euros e continuámos a apresentar indicadores robustos, que reforçam a nossa solidez de balanço e a nossa capacidade de apoiar a economia, as empresas e as famílias em Portugal. O 1.º trimestre foi marcado pela subida das taxas de juro e pelo aumento da remuneração dos depósitos, que teve naturalmente impacto na nossa atividade. O negócio manteve-se dinâmico neste período, com os clientes activos a aumentarem 4% e os digitais mais de 11%, registando-se diariamente quase um milhão de acessos através destes canais. O Banco mantém uma elevada liquidez e níveis de capitalização bastante elevados – CET 1 de 13,5% – e um rácio de eficiência de 31,3%", avançou Pedro Castro e Almeida, Presidente Executivo do Banco Santander Portugal.