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Turismo

 

Confederação do Turismo assinala necessidade de mão-de-obra imigrante no sector

10 de setembro de 2024

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal destacou  a necessidade de mão-de-obra estrangeira e considerou que, mesmo se os imigrantes fossem substituídos pelos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), “não chegava”.

Francisco Calheiros foi um dos oradores das jornadas parlamentares do Chega, que aconteceu ontem e prolongam-se durante o dia de hoje, em Castelo Branco, num painel sob o tema “Potenciar a economia portuguesa”.

“A falta de mão-de-obra é realidade. Tem sido ultrapassada pela imigração, e eu acho que não há outra maneira de o fazer”, defendeu.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal considerou necessário “criar condições para que eles venham, para que não haja filas intermináveis nos serviços, para que tenham habitação, contrato de trabalho e para que possam ter todas as condições para serem integrados, como portugueses querem que sejam”.

No mesmo painel, o deputado do Chega Filipe Melo não subscreveu esta posição.

“Nós não precisamos de imigrantes para acabar com a falta de mão-de-obra, precisamos é de acabar com o RSI, para por os que andam a receber [este subsídio] a trabalhar, e assim não precisar de imigrantes”, afirmou, defendendo que “esse é o ponto prévio para a economia funcionar”.

Numa segunda intervenção, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal refutou: “podemos por todas as pessoas que recebem o RSI [nos postos de trabalho agora ocupados por imigrantes], porém não chega”.

Francisco Calheiros falou também no aeroporto, considerando que “é o maior constrangimento” para o turismo, e defendeu a localização do Montijo.

“Não discuto Alcochete, que seja. A minha questão é, daqui até lá o que fazemos?”, atirou.

Sobre a TAP, o dirigente afirmou que a companhia aérea “é determinante” e defendeu a manutenção do ‘hub’ na privatização.

Francisco Calheiros considerou ainda que não existe “turismo a mais”, mas sim “economia a menos” e “uma gestão do turismo no território a menos e errada”.

Apontando que o “turismo vai ser a indústria que mais vai crescer”, sustentou que o país tem de aproveitar essa vaga.

O deputado do Chega defendeu que “o Estado tem de ter sempre controlo sobre a TAP” e concordou quanto à importância do ‘hub’ de Lisboa.

“Não podemos querer que a Lufthansa fique com um dos maiores ativos nacionais, é imprescindível mantermos o ‘hub’ de Lisboa”, disse, alertando também para a continuação da manutenção das rotas de ligação à diáspora, dos postos de trabalho e as compras em território nacional.

Sobre o aeroporto, Filipe Melo disse estar convicto de que “não vai ser em Alcochete, garantidamente” e que a escolha desta localização foi “uma manobra de diversão” do Governo para “tentar comprar a abstenção do PS no Orçamento do Estado”.

“Miguel Pinto Luz sabe que Alcochete não é viável”, argumentou, acusando o ministro das Infraestruturas de mentir aos portugueses.

LUSA/DI