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procura de casa

Comprar uma casa está 55% mais caro do que o valor procurado

7 de novembro de 2023

Valor anunciado das casas para comprar chega a ser 55% maior do que o que as pessoas procuram, indica o Imovirtual, no novo estudo focado na comparação entre a procura vs a oferta, ao longo dos últimos três meses – Agosto, Setembro e Outubro. O portal imobiliário analisou a diferença entre os valores das casas anunciados e comparou-os com o valor que as pessoas estão a procurar no portal.

Relativamente à venda de habitações, comprar uma casa está 55% mais caro do que o valor procurado. Nos últimos três meses, a nível nacional, comprar uma habitação custa em média 431 946 euros, sendo que as pessoas pesquisam por casas no valor médio de 277 866 euros.

Leiria (30%), Aveiro (29%), Viseu (29%) e Évora (28%) são os distritos com maior discrepância entre os preços anunciados no mercado e os valores procurados pelos utilizadores e são, atualmente, a principal razão para que exista uma diferença nacional tão grande entre a procura e a oferta.

Enquanto que Bragança (1%), Portalegre (2%), Beja (8%), Castelo Branco (12%) e Santarém (12%) são os distritos em que valores entre a oferta e procura estão mais equilibrados. Comprar uma casa em Bragança custa, em média, 156 172€ e os utilizadores procuraram por valores muito semelhantes: 155 155. euros. Em Portalegre está a ser anunciado, em média, por 138 999 euros e as pessoas procuram por 136 073 euros, em Beja a oferta ronda, em média, os 185 651 euros e a procura está nos 171 995 euros, em Castelo Branco comprar custa, em média, 145 739 euros e os utilizadores procuram por 130 169 euros. Já em Santarém acontece o mesmo, o preço médio de compra ronda os 221 095 euros e a procura anda em torno dos 196 992 euros.

Guarda (-1%) e Setúbal (0%) são os únicos distritos em que os preços médios da procura são superiores aos da oferta. Os utilizadores procuram, na Guarda, por 130 318 euros e está a ser anunciado por 129 109 euros, em Setúbal procuram por 414 323 euros e a oferta ronda os 412 867 euros.

Nas Ilhas, existem as duas realidades, nos Açores (-15%) também se verificou um valor de oferta menor que o da procura – 228 169 euros e 269 301, respetivamente. Em contrapartida, na Madeira (29%), acontece o oposto, a oferta está por 470 786 euros e a procura centra-se em 364 737 euros.

No distrito de Lisboa a procura mantém-se elevada, contudo, há um desfasamento de 24% entre o que está a ser procurado (518 642 euros) e o que realmente está anunciado (641 207 euros). Contudo, se analisarmos somente o concelho de Lisboa, chegamos a uma conclusão: as pessoas procuram imóveis 715 515 euros e a oferta está nos 733 521 euros, ou seja, mais equilibrado.

O distrito do Porto é o segundo do país a nível de procura, porém, há um desfasamento semelhante ao de Lisboa (22%) entre o que está a ser procurado (315 484 euros) e o que realmente está anunciado (386 257 euros).

De acordo com Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual, "em concelhos como Lisboa, Porto e Setúbal vemos que as expectativas já estão ajustadas à realidade por serem regiões mais populosas e já muito exploradas nos meios. Mas de uma maneira geral ainda temos muita diferença entre o que portugueses podem pagar e o valor anunciado das casas."

Relativamente ao número de pesquisas por região, tirando Lisboa (25% das pesquisas) e Porto (18%) - que são o top 2, verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes distritos: Setúbal (10%), Braga (10%), e Santarém (6%).