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Comprar ou arrendar casa em Portugal: taxa de esforço volta a subir no 2º trimestre

23 de julho de 2024

A percentagem do rendimento familiar necessária para enfrentar a compra ou o arrendamento de uma habitação aumentou no último ano na maior parte das capitais de distrito portuguesas, de acordo com a análise realizada pelo idealista que verificou as taxas de esforço do segundo trimestre de 2023 e 2024 para comprar e arrendar. O esforço exigido para arrendar uma casa em Portugal aumentou 5 pontos percentuais (p.p.), passando de 77% no segundo trimestre de 2023 a 82% no segundo trimestre de 2024. Já na compra de casa, a taxa de esforço nacional aumentou 4 p.p., passando de 66% para 70% em junho deste ano.

Taxa de esforço no arrendamento

Das 20 cidades analisadas, foi em Portalegre onde a taxa de esforço para arrendar uma casa mais aumentou no último ano, passando de 30% no segundo trimestre de 2023 para 40% no mesmo período de 2024, aumentando 10 p.p. Entre os maiores aumentos das taxas de esforço para arrendar a casa no último ano está ainda Ponta Delgada (9 p.p.), Vila Real (8 p.p), Setúbal (8 p.p.), Viana do Castelo (8 p.p.) e Santarém (7 p.p.). Seguem-se Viseu (3 p.p.), Coimbra (2 p.p.), Lisboa (2 p.p.), Leiria (2 p.p.), Faro (2 p.p.), Bragança (1 p.p.) e Porto (1 p.p.).

Já em Évora a taxa de esforço não variou durante este período. Por outro lado, a taxa de esforço diminuiu em Beja (-8 p.p.), Funchal (-5 p.p.), Guarda (-5 p.p.), Braga (-3 p.p.), Aveiro (-2 p.p.) e Castelo Branco (-2 p.p).

Lisboa e Funchal são as cidades que requerem o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa, sendo necessário destinar 86% dos seus rendimentos, em ambas cidades. Segue-se o Porto (72%), Faro (70%), Setúbal (61%), Ponta Delgada (60%), Viana do Castelo (58%), Santarém (55%), Braga (53%), Évora (52%), Aveiro (51%), Leiria (48%), Coimbra (44%), Viseu (43%) e Beja (43%).

Já as cidades onde as rendas da casa pesam menos nos rendimentos familiares são Guarda (30%), Castelo Branco (34%), Vila Real (38%), Bragança (39%) e Portalegre (40%). De referir que todas as capitais de distrito, com a exceção da Guarda, apresentaram taxas de esforço superiores ao recomendado, de 33%.

Taxa de esforço para comprar

A percentagem de rendimentos que as famílias devem destinar para comprar uma casa, aumentou em 12 capitais de distrito das 20 analisadas. Foi no Funchal onde a taxa de esforço mais aumentou, passando de 96% a 108%, originando um aumento de 12 p.p. Seguem-se os aumentos da taxa de esforço em Leiria (11 p.p.), Bragança (8 p.p.), Lisboa (7 p.p.), Portalegre (7 p.p.) e Ponta Delgada (7 p.p.).  As cidades onde a taxa menos cresceu entre estes dois momentos foram Braga (6 p.p.), Viseu (4 p.p.), Setúbal (4 p.p.), Beja (2 p.p.), Faro (2 p.p.) e Castelo Branco (1 p.p.).

Já em Santarém a taxa de esforço não variou durante este período. Por outro lado, a taxa de esforço diminuiu em Viana do Castelo (-6 p.p.), Évora (-4 p.p.), Coimbra (-3 p.p.), Vila Real (-2 p.p.), Porto (-1 p.p.), Guarda (-1 p.p.) e Aveiro (-1 p.p.).

No segundo trimestre do ano, a cidade com a maior taxa de esforço para comprar casa foi o Funchal (108%), seguida por Lisboa (104%), Faro (104%), Porto (76%), Aveiro (69%), Ponta Delgada (62%), Braga (61%), Leiria (56%), Viana do Castelo (54%), Viseu (51%), Setúbal (48%), Coimbra (46%), Évora (46%) e Vila Real (40%).

Por outro lado, verifica-se que há seis capitais de distrito onde é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada de 33% (em que a prestação da casa pesa menos de um terço do rendimento disponível da família): Bragança (32%), Santarém (31%), Portalegre (24%), Beja (23%), Castelo Branco (21%), e Guarda (16%).