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Foto CM de Coimbra
Coimbra: Obras de hotel no Mosteiro Santa Clara-a-Nova só arrancam em 2027
A Soft Time, concessionário responsável pela requalificação e transformação em hotel do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, prevê que o projecto de arquitectura esteja pronto em 2025 e que as obras arranquem em 2027, afirmou o promotor.
A Soft Time venceu o concurso público de concessão por 50 anos do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, para a sua reabilitação e transformação em hotel, no âmbito do programa Revive, dedicado à requalificação de património com fins turísticos. A renda mínima anual que o concessionário terá que pagar ao Estado é de 18.828 euros anuais, possuindo o imóvel a reabilitar uma Área total de construção de 12.931,50 m2. O monumento remonta ao ano de 1696, quando o novo mosteiro ficou concluído e recebeu então as freiras clarissas, fiéis depositárias dos restos mortais da Rainha Santa Isabel, que ali está sepultada. O novo mosteiro pretendeu substituir o Mosteiro de Santa-Clara-a-Velha, frequentemente inundado pelas cheias do rio Mondego.
“Neste momento, estamos a fazer um levantamento do espaço e iremos primeiro debruçar-nos sobre o conceito e depois iremos passar para a arquitectura”, disse o responsável da empresa, Sérgio Aleixo.
O concessionário espera que o projecto de arquitetura possa estar pronto já em 2025 e que as obras possam começar em 2027, “na pior perspectiva”, referiu. “Gostava de começar as obras já em 2026”, acrescentou.
Segundo Sérgio Aleixo, cuja empresa venceu também o concurso do Mosteiro do Lorvão, em 2021, projecto em Penacova esse que permitiu à Soft Time aproveitar essa aprendizagem para agora assegurar um processo mais célere, dá a entender o empresário.
“Serão dois hotéis muito idênticos, em termos de tipo de quarto, tamanho de quartos e decoração, mas com histórias diferentes”, salientou.
De acordo com o responsável, o hotel terá uma capacidade de camas “a rondar perto dos 100 quartos” e perspectiva-se um investimento de cerca de 20 milhões de euros.
Questionado sobre o espaço reservado à bienal Anozero, Sérgio Aleixo salientou que esse compromisso foi assegurado no âmbito do concurso, adiantando que essa mesma área será “um espaço para a cultura”.
“Com ou sem bienal lá, teremos um espaço dedicado à arte, sobretudo arte ligada ao património, mas com possibilidade de também ter arte moderna e contemporânea”, acrescentou.
Para 2025, o espaço ainda estará completamente disponível para o trabalho da Anozero, já em 2026, acredita que “será mais arriscado”.
A organização da bienal criticou a opção de transformar aquele monumento num hotel, considerando que as regras definidas no âmbito do concurso público para a sua concessão não asseguravam as condições mínimas necessárias para a realização da Anozero naquele local.
Quem é Sérgio Aleixo
Madeirense de nascimento, Luís Sérgio Aleixo Pita conta já com um currículo vasto no sector imobiliário. Segundo o periódico madeirense dnotícias.pt, “A actividade empresarial de Luís Sérgio Aleixo Pita começou aos 26 anos de idade, em Outubro de 1997, altura em que criou a sociedade de construções ‘Pita & Sá, Lda’. Depois de construir um bloco de apartamentos na Assomada (Caniço) em 2001 e outro empreendimento habitacional na Ribeira Brava, a empresa entrou em dificuldades, tendo sido alvo de processos de execução por dívidas e insolvência em 2003. No ano seguinte, abriu uma empresa de investimentos imobiliários no Funchal, a 'Rodrisol'.”
Lusa/DI