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Cinco principais bancos em Portugal aumentam lucros em 58% para quase 2.000 milhões de euros até junho

31 de julho de 2023

Os lucros agregados dos cinco maiores bancos que operam em Portugal somaram 1.994 milhões de euros no primeiro semestre, num aumento de 58,4% em termos homólogos, segundo contas da Lusa.

Assim, a soma dos resultados líquidos destes bancos foi superior à registada no final dos primeiros seis meses de 2022 em 735 milhões de euros, continuando estes a serem impulsionados pelo aumento das taxas de juro nos créditos.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi a que apresentou maiores lucros no semestre, ao registar 607,9 milhões de euros, contra 485,7 milhões de euros até junho de 2022. No período em análise, a margem financeira consolidada cresceu 124,7% para 1.316 milhões de euros.

O Millennium BCP, por sua vez, multiplicou por 6,8 vezes os 62,2 milhões de euros em lucro registados no primeiro semestre do ano, para 423,2 milhões de euros, tendo a sua margem financeira subido 39,5% para 1.374 milhões de euros.

A completar o ‘pódio’ dos bancos em Portugal com maior lucro surge o Novo Banco, que teve um resultado líquido positivo de 373,2 milhões de euros no semestre, mais 39,9% que no mesmo período do ano passado. A margem financeira da instituição cresceu 95,5% em termos homólogos, para 524 milhões de euros.

Com um crescimento dos lucros próximo do valor do Novo Banco está o Santander (38,3%), que lucrou 333,7 milhões de euros e cuja margem financeira aumentou em 58,4% para 586,5 milhões de euros.

Por fim, o BPI apresentou lucros consolidados de 256,2 milhões de euros no semestre, mais 26,1% face aos primeiros seis meses de 2022. No período, a margem financeira do grupo subiu 85%, em termos homólogos, para 435 milhões de euros.

Este ano os lucros dos bancos estão a ser beneficiados pelas altas taxas de juro nos empréstimos e lenta subida das taxas de juro nos depósitos, o que tem beneficiado a margem financeira, já que esta é a diferença dos juros cobrados pelos bancos nos créditos e os juros pagos pelos bancos nos depósitos.

Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a subir as taxas de juro diretoras em meados de 2022, para combater a inflação, que isso tem tido impacto no aumento dos créditos dos clientes bancários indexados a taxa de juro variável (sobretudo Euribor).

De acordo com dados divulgados esta semana pelo Banco de Portugal (BdP), o diferencial entre as taxas de juro para os empréstimos e para os depósitos atingiu 3,3 pontos percentuais em 2022, o valor mais elevado desde 2003.

LUSA/DI