Praça Central e entrada do hotel
Centro Cultural de Belém: Grupo Alves Ribeiro ganha concurso para construção dos módulos 4 e 5
O Grupo Alves Ribeiro foi o vencedor do procedimento internacional para a construção dos Módulos 4 e 5 do Centro Cultural de Belém, o projecto New Development 2023, que prevê a subcessão do direito de superfície para edificação e exploração de hotel e área de comércio, por um período de 65 anos.
O Grupo Pestana e a construtora Alves Ribeiro eram as duas empresas cuja candidatura tinha sido aceite no início deste ano para apresentar propostas de construção dos Módulos 4 e 5 do CCB. O projecto foi lançado em Outubro do ano passado e envolve um investimento de cerca de 80 milhões de euros.
A edificação destes novos módulos, que o grupo vencedor designou por “Quarteirão das Artes”, constava já do projecto de arquitetura, originalmente traçado na década de 90, pela dupla de arquitectos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado/ Atelier Risco, a par dos Módulos 1, 2 e 3, onde estão o Centro de Congressos e Reuniões, o Centro de Espectáculos e o Centro de Exposições, agora Museu MAC/CCB.
“O procedimento concursal para a celebração de Contrato de Subcessão de Direito de Superfície sobre os Módulos 4 e 5 do CCB foi relançado a 10 de Outubro de 2023, após se ter frustrado o primeiro procedimento para o efeito, nomeadamente pela circunstância pandémica” - refere o departamento de comunicação do CCB em comunicado..
Do júri do procedimento fizeram parte o Professor Jorge Santos (Presidente), o Eng.º Bernardo Alabaça, o Arquitecto António Baeta e o Arquitecto Pedro Vaz, e ainda os Directores da FCCB, Eng.º António Ribeiro, Dr. Francisco Sacadura e Dr. João Caré.
De acordo com a Administradora da Fundação Centro Cultural de Belém, Madalena Reis, "trata-se de um projecto estratégico, essencial para a vida da Fundação, que dotará a cidade de Lisboa de uma nova centralidade, convidando habitantes e visitantes a uma permanência mais prolongada na área monumental Belém-Ajuda".
A futura receita da subcessão do direito de superfície dos terrenos designados por Módulos 4 e 5, dos quais fazem parte uma unidade hoteleira com 161 quartos duplos e um aparthotel com 126 unidades, além de um centro de comércio e novos serviços, numa área de cerca de 20.000 metros quadrados, irá permitir aumentar a qualidade da oferta cultural do CCB, alavancando também as suas receitas próprias.
"É cada vez mais importante que a Fundação Centro Cultural de Belém diversifique as suas fontes de receita, e este projecto contribuirá em larga escala para o reforço da sustentabilidade financeira da instituição, bem como para a sua missão de criação e difusão da cultura", explica Madalena Reis.
O Grupo Alves Ribeiro foi um dos «players» que se candidatou a este procedimento. Para a administração do Grupo trata-se de dar sequência à aposta no desenvolvimento da mais recente actividade do grupo, a gestão hoteleira, com um projecto diferenciador de grande qualidade, enquadrado numa localização privilegiada.
“A expectativa da Fundação Centro Cultural de Belém e do Grupo Alves Ribeiro é de que o contrato entre as partes seja assinado no início do próximo ano, seguindo-se depois o início dos trabalhos de licenciamento do projecto, cuja conclusão está prevista para 2028” - refere o comunicado.
