
Habitação Social em Mafra - Imagem CMM
Câmara de Mafra lança concurso de 7,5 M€ para reabilitar uma centena de habitações sociais
A Câmara de Mafra decidiu lançar concurso de 7,5 milhões de euros para reabilitar uma centena de habitações sociais em Mafra, Malveira, Enxara do Bispo e Santo Isidoro.
Depois de iniciada a obra, a empreitada vai decorrer durante um ano, de acordo com a proposta aprovada por unanimidade na última reunião de câmara.
Com as obras, o município do distrito de Lisboa pretende dotar as habitações de “condições de habitabilidade e de conforto térmico”.
Em Outubro, a autarquia (de maioria PSD) lançou concurso de 4,7 milhões de euros (M€) para a construção de 24 habitações sociais na Rua de São Domingos e na Rua da Bela Vista, na Encarnação.
Em Setembro, lançou um concurso de 8,8 M€ para um conjunto habitacional de 52 fogos na Ericeira e, em Agosto, um outro de 3,4 M€ para 20 fogos, também a construir na Ericeira.
Em Julho, lançou outro de 4,1 M€ para construção de 27 habitações sociais na Venda do Valador e adjudicou a construção de outras oito na Malveira por 1,5 M€.
Estas obras, no entanto, ainda não começaram.
Pelo contrário, em construção está um edifício com 17 fogos de habitação social, no valor de 2,4 M€, em Mafra, sede do concelho, e mais dois na Malveira, um de 12 fogos (1,9 M€) e um outro de quatro (529 mil euros).
Os vários investimentos, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência, visam “aumentar a oferta de habitação social, incluindo a resposta a outras necessidades, como a falta de infraestruturas básicas e de equipamento, habitações insalubres, inseguras e precárias, sobrelotação ou inadequação da habitação às necessidades especiais dos residentes”, indicou a câmara.
A Câmara de Mafra reviu em 2024 a sua Estratégia Local de Habitação e aumentou o investimento para 61,7 M€ para fazer face à subida dos preços no mercado imobiliário.
O plano visa apoiar 390 famílias, criando um igual número de fogos de habitação social.
Segundo o documento, os serviços de Acção Social da autarquia contabilizaram 285 pedidos de habitação elegíveis no acesso ao apoio do programa nacional 1.º Direito.
Das 285 famílias, 167 vivem em situação de precariedade (entre elas 19 casos por violência doméstica e 56 sem casa ou de pessoas sem-abrigo), 80 residem em habitações em situação de insalubridade e insegurança, 19 em situação de inadequação e outras 19 em situação de sobrelotação.
Entre 2011 e 2021, a população do concelho de Mafra cresceu de 76.500 para 86.551 habitantes, segundo os Censos, sendo que 20% a 25% são jovens.
De acordo com a autarquia, o dinamismo do mercado imobiliário em Mafra foi também induzido pela dificuldade de Lisboa dar resposta à procura de habitação, pela escassez de oferta nos territórios mais próximos da capital e pela redução do custo dos transportes.
Lusa/DI