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Câmara de Lisboa aprova projecto para alojamento turístico de luxo no Palacete Ribeiro da Cunha

Foto EastBanc

Câmara de Lisboa aprova projecto para alojamento turístico de luxo no Palacete Ribeiro da Cunha

19 de julho de 2023

A EastBanc Portugal, promotora imobiliária fundada pelo norte-americano Anthony Lanier, viu ontem o executivo da Câmara Municipal de Lisboa aprovar o projecto que a sua empresa tem para o Palacete Ribeiro da Cunha, icónico edifício fronteiro ao Jardim do Príncipe Real, e outros edifícios adjacentes e jardins interiores.

Conhecido como o americano que chegou a Portugal para comprar os palácios e palacetes no Príncipe Real, em Lisboa, requalificá-los e transformar aquele local num bairro de charme, Lanier revelou-se um visionário que acabou por atravessar uma das maiores crises do país, mas não desistiu, nem abandonou o seu projecto em Portugal, de onde é originária a sua mulher.

Com quase 20 anos de trabalho para reabilitar a zona do Príncipe Real, no coração de Lisboa, a EastBanc Portugal mostra-se activa na requalificação da Lisboa, tendo, ainda recentemente, concluído e comercializado integralmente o Alegria One, um projecto de reabilitação de um edifício do século XIX entre a Avenida da Liberdade e a Praça da Alegria, com assinatura do arquitecto Eduardo Souto de Moura.


Imagem 3D do projecto EastBanc


Imagem 3D do projecto EastBanc


O Palácio Ribeiro da Cunha foi recuperado pela Eastbanc em 2014, “num projecto integrado de criação de Bairro com a recuperação de vários edifícios na zona do Príncipe Real, para a criação de um conceito inovador de galeria comercial, denominada de ‘EmbaiXada’ . Pretende-se [agora - afirma a empresa imobiliária] vir a transformar o actual Palácio Ribeiro da Cunha e o seu logradouro, jardins e edifícios anexos num conjunto hoteleiro de luxo, com o aproveitamento do actual Palácio como porta principal de entrada do hotel e o desenvolvimento de edifícios adicionais no logradouro e antigas cavalariças do Palácio.


O projecto aprovado pelo executivo camarário

A Câmara de Lisboa aprovou hoje o projecto de arquitectura de ampliação do prédio do Palacete Ribeiro da Cunha, na Praça do Príncipe Real, onde funciona o espaço comercial Embaixada, prevendo 50 unidades de alojamento turístico.

Em reunião privada do executivo municipal, a proposta sobre o projecto de arquitectura da obra de ampliação a realizar no prédio sito na Praça do Príncipe Real n.º 26, na freguesia de Santo António, apresentada pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela coligação Novos Tempos - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), foi viabilizada com os votos a favor da liderança PSD/CDS-PP, a abstenção do PS e os votos contra de PCP, Livre, BE e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).


Imagem 3D do projecto EastBanc


Interior do palacete


O projecto de arquitectura incide sobre um prédio urbano “com uma área total de 4.621,79 m2 [metros quadrados], onde se localiza o Palacete Ribeiro da Cunha, actualmente afeto ao uso terciário (comércio e serviços), e respectivo logradouro (que se encontra descaracterizado e alberga estacionamento informal), antigas cavalariças e construções anexas, que integra a Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico”, refere a proposta, indicando que o edifício está classificado pela Direcção-Geral do Património Cultural como Monumento de Interesse Público.

“A operação urbanística envolve obras de alteração do Palacete Ribeiro da Cunha (corpo A); obras de alteração das antigas cavalariças (corpo C), com a reconstrução de uma estufa que em tempos terá existido no terraço deste bloco; e a construção de dois novos blocos (corpos B e D): o corpo D na continuidade da Rua da Alegria e o corpo B no interior do logradouro, cuja implantação tira partido do desnível do terreno”, lê-se no documento, explicando que os quatro corpos se encontram interligados entre si ao nível do subsolo, configurando um edifício com duas frentes de rua, nomeadamente na Praça do Príncipe Real e na Rua da Alegria.


Requinte e excelência

Segundo a proposta, o edifício tem uma área de implantação de 1.852,62m² e uma área bruta de construção de 6.518,27m2 (5.734,09 m2 para efeitos de enquadramento no Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico e Zona Envolvente, não se contabilizando as áreas abaixo da cota de soleira afetas a estacionamento e áreas técnicas), “desenvolve-se em três pisos acima da cota de soleira (piso 0 do corpo A) e 11 pisos abaixo da cota de soleira e apresenta uma altura máxima de edificação e de fachada de 21,20 metros e 13,70 metros”.


Interior do palacete


Interior do palacete


“O edifício, com uma superfície de pavimento de 5.587,03 m2, destina-se ao uso de turismo, com 50 unidades de alojamento (distribuídas por 17 quartos individuais, 31 quartos duplos e duas suítes)”, indica o documento.

Relativamente ao jardim/logradouro, que é caracterizado pelo seu declive, a modelação proposta para os futuros edifícios pretende “colmatar a diferença de cotas, integrando os novos corpos na topografia do terreno”, sendo proposta uma área permeável de 1.357,08 m2, face à área permeável existente de 626,90 m2, contribuindo para a consolidação e ampliação da massa arbórea e arbustiva existente.

DI/Lusa