Branded Residences - Freepik
Branded Residences são a nova tendência do Mercado Residencial de Luxo
Segundo o último estudo da consultora Knight Frank as residências associadas a marcas (Branded Residences) são uma das grandes tendências do mercado residencial de luxo a nível mundial.
Os resultados do The Residence Report 2025 - uma nova publicação anual dedicada ao mercado residencial de luxo, que estuda o sector a nível global, desenvolvido pela mediadora britânica fundada há 128 anos em Londres, cuja portuguesa Quintela + Penalva | Knight Frank é associada -, revelam um sector em forte expansão, com um crescimento anual de dois dígitos e um aumento significativo do número de projectos de marcas. O estudo sublinha ainda que os projectos hoteleiros associados a marcas de luxo vão continuar a crescer, mas em paralelo surgiram também outros projectos associado a marcas não hoteleiras.
A Knight Frank avaliou os portefólios de cerca 80 marcas de luxo, desde grandes grupos hoteleiros estabelecidos, como a Four Seasons e a Ritz-Carlton, a marcas fora do sector hoteleiro que aposta em empreendimentos residenciais de marca, como é o caso da Bentley e da Aston Martin. Para este estudo, foram analisados mais de 1.000 projectos concluídos e em desenvolvimento em 83 países.
Liam Bailey, director global de pesquisa, sublinha que “o sector de residências de marca tem registado um crescimento forte e sustentado, com o número de projetos a subir de 169 em 2011 para 611 actualmente, e uma com previsão para chegar aos 1.019 projectos até 2030. O número de unidades aumentou em paralelo – de pouco mais de 27.000 em 2011 para mais de 162.000 projectadas até 2030. O dinamismo acelerou desde 2023, impulsionado pela crescente procura por habitação de marca e pelo interesse dos promotores em posicionamentos premium”.
Embora se espere que o crescimento abrande após 2028, prevê-se que o sector continue a expandir-se, apoiado pela crescente diversidade geográfica e pela entrada de novas marcas não hoteleiras.
O domínio dos Estados Unidos está (lentamente) a diminuir
A América do Norte continua a ser a região dominante em termos de residências de marca global – particularmente os EUA –, embora a sua quota de projectos esteja a diminuir, passando de 32,7% dos projetos em curso para 26,2% dos projectos em fase de planeamento.
Por sua vez, o Médio Oriente apresenta o aumento mais significativo, com a sua quota de empreendimentos em fase de planeamento (26,7%) bem acima da quota de projetos em fase de execução (15,9%), impulsionado em grande parte pela rápida expansão nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita.
Espera-se, ainda, que a quota da Ásia-Pacífico diminua, apesar de um forte planeamento em mercados como a Tailândia e a Índia.
O inquérito dá ainda indicações, de que os promotores imobiliários estão cada vez mais a apostar em mercado em forte crescimento no Médio Oriente e na América Latina.
O centro de gravidade global está a mudar para Oriente
O relatório indica ainda que embora os Estados Unidos continuem a ser o maior mercado, a sua quota está a diminuir, enquanto o Médio Oriente (em particular os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita) impulsiona uma parte significativa deste crescimento, bem como alguns países da Ásia. Por seu turno, as marcas hoteleiras, embora na liderança, representam cerca de 83% dos projectos – começam a decrescer, caindo dos actuais 82% para 70%.
Também a América do Norte e o Médio Oriente são os líderes em projectos independentes, com 49% e 43% dos projectos de marcas hoteleiras em andamento, respectivamente, a serem planeados como empreendimentos independentes.
Considerando apenas as marcas hoteleiras, a grande maioria dos projectos em operação (82%) está, como seria de esperar, associada a um hotel. No entanto, olhando para o pipeline futuro, esta percentagem deverá cair para 70%. A América do Norte e o Médio Oriente lideram na aposta de projetos independentes, com 49% e 43% dos empreendimentos em pipeline, respetivamente, a serem planeados.
“Portugal afirma-se como destino de eleição para Branded Residences na Europa, reflectindo a dinâmica do país e a crescente sofisticação do mercado imobiliário. Estas soluções respondem a novas exigências globais que vão muito além da habitação tradicional”, explica Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva .
