Beiras e Serra da Estrela assina acordos para 255 fogos de habitação acessível
Os municípios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) assinam esta quarta-feira protocolos de cooperação para a transformação de 255 fogos para arrendamento acessível.
“Estabelecemos um programa com o IHRU, destinado à reabilitação de imóveis que hoje em dia se encontram degradados nas nossas cidades, para destiná-los a um fim muito claro, que é a habitação a rendas acessíveis”, explicou à Lusa Luís Tadeu, presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE).
É o início do processo de reabilitação e construção de habitação para arrendamento acessível na região com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Luís Tadeu descreveu que o programa abrange os 15 municípios da CIMBSE, mas nesta “primeira leva” serão assinados protocolos para 11 concelhos, num total de 20 projectos, com um valor de obra de 35 milhões de euros.
“Os outros quatro municípios terão os projectos em análise no IHRU e dentro de algum tempo podem ser aprovados e teremos uma segunda leva de projectos. Estes são aqueles que já estão validados pelo IHRU, de acordo com as propostas de intervenção. Nestes municípios, há alguns com mais do que uma operação validada”, justificou o autarca, também presidente da Câmara Municipal de Gouveia.
"Voltarmos a ter habitação condigna..."
Os protocolos serão celebrados em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, numa sessão que deverá contar com a presença da ministra da Habitação, Marina Gonçalves.
Luís Tadeu realçou que esta cooperação com o IHRU colmata o problema da falta de mercado de arrendamento no território da CIMBSE.
“Acabamos por não ter um verdadeiro mercado de arrendamento. Há um disparar de preços e temos muita dificuldade para as pessoas que precisam de arrendar uma habitação”, salientou.
Com estes projectos, Luís Tadeu considerou que os mais jovens podem aceder a uma habitação com este tipo de arrendamento que de “outra forma não teriam possibilidade” e os municípios veem reabilitadas zonas mais degradadas.
“Esta é uma forma de reabilitarmos zonas das cidades, voltarmos a ter habitação condigna e voltar a ter gente nesses espaços das cidades. Temos gente a querer vir trabalhar e viver para os nossos territórios, mas defrontavam-se com a dificuldade de não encontrar habitação com facilidade. Esta é uma forma que encontrámos para contrariar esta situação e passar a ter disponibilidade para ter mais gente”.
Nesta cooperação com o IHRU, os municípios vão actuar como “entidades auxiliares no terreno e vão agilizar as operações para que estes processos possam decorrer a bom ritmo”, explicou.
Luís Tadeu destacou que terá de ser um processo “a andar muito bem” para que seja cumprida a meta de 2026.
“Estas obras têm de estar terminadas e as habitações prontas a habitar em 2026”.
A CIMBSE é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).
Lusa/DI