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Arrendar casa está 91% mais caro do que o valor procurado

8 de agosto de 2023

Arrendar casa está 91% mais caro do que o valor procurado. Nos últimos três meses, a nível nacional, arrendar uma casa custa em média 1653 euros, sendo que as pessoas pesquisam casas no valor médio de 866 euros, revela o Imovirtual, portal imobiliário que divulga hoje um novo estudo focado na comparação entre a procura vs a oferta, ao longo dos últimos três meses. O portal imobiliário analisou a diferença entre os valores das casas anunciados e comparou-os com o que as pessoas estão a procurar no portal.

Lisboa (62%), Porto (31%) e Faro (27%) são os distritos em que existe uma maior diferença entre os preços praticados no mercado e o que, realmente, as pessoas procuram e são a principal razão para que exista uma diferença nacional tão grande entre a procura e a oferta. Enquanto que Aveiro (7%), Viana do Castelo (7%), Setúbal (8%) e Braga (9%) são os distritos em que valores estão com menor diferença.

Portalegre, Évora e Viseu são os únicos distritos do continente nos quais os preços estão equilibrados. Alugar uma casa em Portalegre custa em média 632 euros e os utilizadores procuraram por valores muito semelhantes:  634 euros. Em Évora procuram por 736 euros e está a ser anunciado por 726 euros, enquanto Viseu procuram por 714 euros e a oferta ronda os 701 euros.

Porém, dos 19 distritos analisados, verificou-se que em 10, as pessoas procuram por valores mais elevados do que os praticados no mercado. Guarda (-37%), Bragança (-36%), Beja (-23%) Castelo Branco (-16%) é onde temos de forma mais relevante os preços médios da oferta são inferiores aos da procura.

"Esta grande diferença entre a procura e a oferta em arrendamento é maioritariamente influenciada pelo distrito de Lisboa e também pelos imóveis do segmento de luxo que estão no mercado. Outro fator importante é o aumento das prestações das casas dos senhorios que não é acompanhado por um maior poder de compra dos portugueses, explica Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual & OLX Imóveis.

Comprar uma casa está 72% mais caro do que o valor procurado

Relativamente à venda de habitações, verificou-se uma situação semelhante, no qual o preço das casas está 72% mais elevado do que os valores que as pessoas pretendem pagar. Nos últimos três meses, a nível nacional, comprar uma habitação custa em média 414 928 euros, sendo que as pessoas pesquisam casas no valor médio de 241 082 euros.

Segundo Sylvia Bozzo, Marketing Manager do Imovirtual & OLX Imóveis, "ao contrário do mercado de arrendamento, percebemos que na compra quase todos os distritos têm valores muito diferentes entre o que as pessoas procuram e o que está a ser oferecido. Uma tendência que notamos é que, mesmo em distritos não tão centrais como Viseu e Vila Real, essa disparidade também é grande".

Vila Real (42%), Viseu (36%), Viana do Castelo (28%), Aveiro (28%) e Leiria (28%) são os distritos com maior discrepância entre os preços anunciados no mercado e os valores procurados pelos utilizadores. Em contrapartida, Faro (5%), Setúbal (5%) , Beja (7%)  e Bragança (-2%) são os distritos em que valores entre a oferta e procura estão mais equilibrados.

Portalegre (-20%), é o único distrito em que os preços médios da procura são superiores aos da oferta. Nas Ilhas Açores e Madeira (-9%) também temos um valor de oferta menor que o da procura.

No distrito de Lisboa a procura mantém-se elevada, contudo, há um desfasamento de 26% entre o que está a ser procurado (498.512 euros) e o que realmente está anunciado (627.093 euros). Se analisarmos somente o concelho de Lisboa, chegamos a uma conclusão oposta: as pessoas procuram imóveis por 807.845 euros e a oferta está nos 760.722 euros, ou seja, mais equilibrado.

O distrito do Porto é o segundo do país a nível de procura, porém, há um desfasamento semelhante ao de Lisboa (27%) entre o que está a ser procurado (299.340 euros) e o que realmente está anunciado (379.211 euros).

Relativamente ao número de pesquisas por região, tirando Lisboa e Porto - que são o top 2, verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes distritos: Setúbal (95 532), Braga (71 496), e Santarém (52 591).

Relativamente ao número de pesquisas por região, tirando Lisboa e Porto, verificou-se uma maior pesquisa pelos seguintes distritos: Setúbal (18 949), Braga (13 531), e Coimbra (8 975).