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Centro histórico de Amarante - foto de unhappy by design em wikimedia

Amarante com campanha para subarrendar casas devolutas de privados a munícipes

3 de março de 2025

Amarante propõe-se ser arrendatário de casas devolutas de privados para as subarrendar a munícipes, a custos controlados e com garantias para os senhorios, minorando as dificuldades de habitação acessível no concelho, foi hoje anunciado.

“A ideia deste projecto é tentarmos ir ao mercado arrendar habitações para depois as subarrendar,” disse hoje o presidente da câmara, Jorge Ricardo (PSD/CDS).

O autarca refere que, de acordo com os Censos de 2021, Amarante, no distrito do Porto, contava à data com cerca de 3.000 casas devolutas, a maioria pertencentes a emigrantes.

Se for possível com este programa atrair ao mercado de arrendamento cerca de 5% das habitações, significaria que 150 novas casas estariam disponíveis, refere Jorge Ricardo.

Como atractivo para os senhorios, além da garantia de pagamento das rendas, o município oferece isenção no IRS, o que corresponde a 28%, e isenção no pagamento do Impostos Municipal Sobre Imóveis (IMI), além da conservação dos imóveis.


 Amarante deu já início à construção e reabilitação de 225 habitações no âmbito da Estratégia Local de Habitação, representando um investimento de 16 milhões de euros. 

“Há aqui um parceiro, que é o município de Amarante, que oferece um grau de confiança aos senhorios, que pode ser importante”, anotou o autarca.

Uma campanha de divulgação do programa, designado “HabitAmarante”, foi hoje iniciada, com o envio através dos Correios de panfletos informativos para as casas dos proprietários de habitações, explicando as condições para as candidaturas.


Logo do “HabitAmarante”


“Se tem uma casa para arrendar, o município de Amarante arrenda a sua casa”, lê-se nos prospeto enviado aos munícipes, indicou Jorge Ricardo.

De acordo com o regulamento, há valores máximos que o município poderá pagar aos senhorios para cada uma das tipologias de habitação, partindo, como referência, dos 420 euros para um T3.

Segundo o autarca, a câmara propõe-se subarrendar as casas dos senhorios aderentes, fixando valores acessíveis aos munícipes, em função dos seus rendimentos e dos agregados familiares. Em alguns casos, admitiu, o município suportará a diferença entre o valor pago aos senhorios e a renda acessível proporcionada aos arrendatários.

“Essa será mais uma ferramenta que nos permitirá ajudar as famílias a terem uma habitação social condigna, que é uma dificuldade actual no concelho”, concluiu.

Recorde-se que o município de Amarante deu já início à construção e reabilitação de 225 habitações no âmbito da Estratégia Local de Habitação, representando um investimento de 16 milhões de euros. Deste total, 149 serão novas habitações e 76 correspondem a reabilitações. A autarquia submeteu uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com um total de 351 soluções habitacionais, num investimento global de 30 milhões de euros, dos quais 16 milhões já foram aprovados.


Imagem do projecto das habitações em construção no âmbito do PRR