Igreja matriz de Torre de Moncorvo promovida a “Basílica Menor” pelo Papa Francisco
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, com delegações peculiares que lhe foram concedidas pelo Papa Francisco, atribuiu à igreja matriz de Torre de Moncorvo, no distrito de Bragança, o título e dignidade de “Basílica Menor”.
O templo foi construído nos séculos XVI-XVII com a ambição de poder vir a ser sede de diocese, como refere o jornal online católica 7Margens.
A Igreja matriz de Torre de Moncorvo encontra-se classificada como Monumento Nacional pelo Decreto de 16-06-1910 e, sendo propriedade do Estado Português.
O decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos “reconhece a importância deste espaço de culto, quer do ponto de vista litúrgico e pastoral, quer do ponto de vista do valor patrimonial e arquitectónico”.
A Igreja é um monumento de excepcional valor artístico. O altar mor possui vários conjuntos de pinturas. A abóboda em granito está adornada com pinturas do séc. XVIII, inseridas em caixotões. Estas contêm vários símbolos relacionados com a vida e paixão de Cristo, emoldurados em concheados assimétricos.
Como se pode ler no sítio da autarquia, “As paredes laterais da capela-mor são igualmente pintadas, sendo a obra efectuada por Francisco Bernardo Alves, de Bragança, em 1779. Aqui encontram-se representadas as cenas bíblicas da Última Ceia e a comunhão da Virgem, inseridas cada uma sob dois pórticos de frontão interrompido igualmente pintados. A ladear estas representações encontram-se duas molduras com motivos concheados, contendo a representação dos evangelistas Mateus e João.”
Reabilitação em curso
As intervenções realizadas no edifício pela Direção Regional de Cultura do Norte, nos últimos anos, visaram corrigir sinais de degradação do monumento. Actualmente os trabalhos prosseguem visando a estabilização do suporte e os revestimentos pictóricos.
A empreitada foi adjudicada à empresa Intonaco, Conservação e Restauro num investimento que ascende a mais de 65 mil euros.
A obra iniciou-se ainda no mês de Dezembro de 2021, com a execução dos trabalhos preparatórios de análise e diagnóstico, encontrando-se já a decorrer a intervenção de conservação e restauro das pinturas.
