Franceses vão reabilitar hotel em ruínas nas Termas de Melgaço
Localizado mesmo junto à fronteira norte com a Espanha, o Parque Termal do Peso ou Estância Termal de Melgaço, na freguesia de Paderne, lugar do Peso, entre Monção e Melgaço, esteve anos votado ao esquecimento. Agora parece querer ganhar o brilho e a atractividade de outros tempos, fenómeno que parece querer alastrar a outras zonas termais do país, preciosidades do turismo de saúde e lazer ainda, reconhecidamente, mal exploradas.
Investidores franceses associados à sociedade que explora o complexo termal de Melgaço — a OCRAM Hotel Management — querem reabilitar o Hotel do Peso, junto às termas, referindo que a reabilitação do edifício histórico, construído em 1901 e há décadas ao abandono, estará concluída em três anos.
A OCRAM Hotel Management dispõe actualmente de “seis activos, duas marcas (Piamonte Hotels e Walk Hotels), um complexo termal (Complexo Termal de Melgaço) e quatro hotéis: Ribeira Collection Hotel em Arcos de Valdevez, Hotel Castrum Villae em Castro Laboreiro, Hotel Carvalhais em Santo Tirso e, em breve, Walk Hotel Gaia-Porto, a inaugurar em 2020”.
Segundo Joaquim Vieira dos Santos, um dos gestores envolvidos no projecto, “o objectivo é dinamizar a oferta turística junto às termas de Melgaço, de modo a que quem for visitar o spa não precise depois de sair do local”. “As pessoas – adiantou o gestor à ‘Voz de Melgaço’ - gostam de ir a pé do hotel aos tratamentos ou ao SPA, não querem ter de pegar no carro para fazer esse trajecto”. Segundo o gestor o projecto aprovado da futura unidade hoteleira será apresentado em breve.
As termas de Melgaço
Datam de 1884e logo no ano seguinte “engarrafaram-se as primeiras águas, tendo Adriano Cândido Moreira solicitado, quatro anos depois, licença para a sua aplicação terapêutica”.
Mineralizada, gasocarbónica, bicarbonatada, cálcica/magnesiana e ferruginosa, a água de Megaço tem uma temperatura de 15°C e pH de 6 e está vocacionada para o tratamento da diabetes de maturidade e hipercolesterolemia.