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Área de reabilitação no centro de Coimbra vai caducar por violar regime jurídico

 

Área de reabilitação no centro de Coimbra vai caducar por violar regime jurídico

23 de novembro de 2021

A Área de Reabilitação Urbana (ARU) entre a Universidade de Coimbra e o Jardim da Sereia vai caducar por o processo ter sido submetido pelo anterior executivo sem ter sido promovida uma discussão pública do projecto, afirmou o município.

A ausência de discussão pública da Operação de Reabilitação Urbana (ORU) da ARU Universidade/Sereia e a não auscultação prévia do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) vai implicar a caducidade daquele instrumento, avançou a vereadora da Câmara de Coimbra com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, que falava durante a reunião do executivo.

Segundo a responsável, o anterior executivo (liderado pelo PS) aprovou a ARU em Novembro de 2018 e teria depois três anos para desenvolver o ORU (um plano que define o tipo de intervenção previsto para a zona delimitada).

“Se não for devidamente aprovada e sujeita ao parecer do IHRU, ela entra em caducidade. Foi isso que aconteceu. Houve três anos para desenvolver o plano e isso não foi feito atempadamente. Sempre avisámos, enquanto oposição, que o tempo passa e acabou por ser submetida a aprovação na última reunião do anterior executivo, a 06 de setembro, muito em cima do prazo”, explicou.

De acordo com Ana Bastos, o IHRU referiu que não foram seguidos os trâmites legais e agora já não haverá tempo para fazer nova submissão e a ARU irá caducar a 26 deste mês.

Para impedir constrangimentos para quem estava a contar com os benefícios fiscais em operações de reabilitação na zona, a Câmara de Coimbra vai submeter já na próxima reunião nova proposta de delimitação da ARU Universidade/Sereia, para garantir “os benefícios fiscais para todos os promotores que queiram fazer reabilitação, que é uma necessidade premente para toda esta zona”.

Ana Bastos realçou que toda aquela zona carece de requalificação não apenas do edificado, mas também de intervenção no espaço público, sendo fundamental a ARU ser aprovada.

Na reunião de executivo, a vereadora eleita pela coligação Juntos Somos Coimbra referiu que o município está também a abrir procedimentos para dar todos os passos prévios necessários para se avançar com uma segunda grande revisão do Plano Diretor Municipal (PDM).

Aos jornalistas, Ana Bastos realçou que o processo não estará concluído neste mandato, mas que é importante avançar com o mesmo, considerando que o atual PDM apresenta vários entraves ao desenvolvimento do concelho.

Também na reunião do executivo, o vereador eleito pelo PS e anterior vice-presidente da autarquia, Carlos Cidade, realçou a importância de se avançar com essa revisão quanto antes.

“É estranho vir dizer a quem acabou de entrar há dois meses [para rever o PDM] e teve tanto tempo antes e não o fez”, frisou Ana Bastos.

“Se dependesse de mim...”, respondeu Carlos Cidade.

LUSA/DI