Metro do Porto prevê avançar este ano para o concurso da empreitada da linha Rubi
A Metro do Porto prevê avançar este ano para o concurso da linha Rubi, que ligará Santo Ovídio à Casa da Música através de uma nova ponte sobre o Douro, disse à Lusa a administradora Lúcia Leão Lourenço.
"Durante este ano prevemos concluir o projecto de execução e avançar para o concurso de empreitada", disse a vogal da administração da Metro do Porto, quando questionada acerca da evolução do projecto da linha Rubi, que ligará Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia) à Casa da Música (Porto), com paragem na estação ferroviária gaiense das Devesas.
Numa altura em que "está a ser desenvolvido o projecto de execução", a Metro também está a "desenvolver os estudos de impacto ambiental, para serem submetidos à APA", a Agência Portuguesa do Ambiente, segundo a responsável.
Lúcia Leão Lourenço recordou ainda que neste momento "está a decorrer o prazo para a adjudicação da nova ponte sobre o Douro", que irá servir a linha Rubi, e que a responsável prevê que seja feita "ainda este mês".
Relativamente ao processo da ponte para esta nova linha, a administradora da Metro afirmou que só depois da adjudicação à empresa vencedora é que a Metro avançará "para outros contactos com as entidades relevantes" quanto ao 'encaixe' da ponte nas duas margens.
A Metro do Porto anunciou no dia 03 de Março que o projecto de concepção da nova ponte sobre o rio Douro foi adjudicado ao consórcio liderado por Edgar Cardoso e que a obra deve arrancar “na primeira metade do próximo ano”.
o relatório final do júri do concurso público para esta infraestrutura deliberou que o projecto vencedor é o do consórcio formado pelo Prof. Edgar Cardoso - Engenharia e Laboratório de Estruturas, Lda, pela Arenas & Asociados, Ingenería De Diseño SLP e pela No Arquitectos, Lda.
Obras pagas pelo PRR
Em causa está a ponte que permitirá a travessia do metro entre o Campo Alegre, no Porto, e o Candal, em Vila Nova de Gaia, sendo “exclusivamente reservada ao Metro, aos peões e bicicletas”.
Esta obra, bem como a nova linha, serão “totalmente financiadas a fundo perdido por verbas inscritas no PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e estarão concluídas e em funcionamento até ao final de 2025”.
Depois de um período de largas contestações, encabeçadas pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, a empresa reitera que “tanto a Metro do Porto como o consórcio agora escolhido irão trabalhar em estreita cooperação com as câmaras municipais do Porto e de Vila Nova de Gaia e com todas as partes envolvidas – designadamente a Faculdade de Arquitectura e a Reitoria da Universidade do Porto”.
Lusa/DI