Londres lidera o ranking dos maiores clusters de tecnologia
Londres lidera o ranking dos maiores clusters de tecnologia na região EMEA - Europa, Médio Oriente Médio e África e o Porto faz parte dos clusters em crescimento.
De acordo com um estudo da CBRE, consultora imobiliária internacional, EMEA Tech Cities: Opportunities in Technology Hotspots, a Invicta faz parte dos clusters em crescimento, com o emprego no sector tecnológico a crescer a dois dígitos desde 2010 e com previsão de crescimento neste indicador nos próximos cinco anos, a par de Derby/Nottingham, Florença e Cracóvia.
O ranking liderado por Londres, abrange capitais e centros financeiros com mais de 70.000 pessoas empregadas em tecnologia. A posição de destaque de Londres neste ranking diz respeito à capacidade da cidade para atrair jovens talentos da geração millennial. As oportunidades de emprego no sector das tecnologias da informação e das comunicações (TIC) aumentou 20% desde 2008, com a proporção de emprego nas TIC a ser praticamente duas vezes e meia superior à média da União Europeia. Londres tem um forte mix de subsectores, sem que uma única actividade domine as oportunidades de emprego, reflectindo a posição da cidade como um dos principais centros de tecnologia do mundo.
Kevin McCauley, Director de London Research na CBRE, adianta que “não surpreendente que Londres lidere o ranking de tecnologia na região EMEA. As credenciais de tecnologia da cidade permitem que supere os seus pares, com grandes e pequenos ocupantes na área da tecnologia a expandirem-se e a tentarem garantir espaço na cidade".
Outras cidades que ocupam uma posição de destaque na mesma categoria incluem Dublin (3ª), Budapeste (4ª) e Bucareste (= 10ª). Os factores que tornam estas cidades atractivas também diferem. O sucesso de Dublin tem sido alavancado pela forte promoção do investimento do governo, particularmente para as empresas dos Estados Unidos, atraídas pela afinidade cultural e atractividade da cidade para jovens talentos de toda a Europa. Budapeste e Bucareste têm a vantagem do custo da mão-de-obra relativamente a outras cidades da Europa Ocidental, mas essa vantagem começou a desvanecer-se no sector de tecnologia à medida que as pessoas trabalham cada vez mais remotamente e as que fazem parte da economia GIG alinham os honorários com outras cidades da Europa Ocidental.
Para Cristina Arouca, Directora de Research da CBRE Portugal “estes clusters em crescimento, dos quais faz parte a cidade do Porto, são talvez os mais interessantes, uma vez que demonstram a natureza flutuante do sector da tecnologia e a importância crítica do trabalho e das competências na evolução das cidades tecnológicas. As empresas que impulsionam estes clusters geralmente não estão vinculadas a locais tradicionais ou a laços históricos com cidades ou países, e o sector imobiliário não é a principal preocupação, mas na verdade um facilitador. A questão de onde é possível encontrar mão-de-obra na área da tecnologia está a condicionar as escolhas de muitas empresas hoje em dia, e isso inclui alguns locais não tão óbvios, mas cada vez mais importantes, com credenciais fortes em termos de competências".