Porto continua a cativar multinacionais
Apesar da pandemia, o mercado de escritórios do Porto continua em fase de desenvolvimento, nesse sentido, está quase concluída a torre de escritórios e um parque de estacionamento promovida pelo Grupo Nelson Quintas, num investimento de 12,5 milhões de euros.
Com um desenho arquitectónico assinado pelo arquitecto José Carlos Cruz, a conclusão do projecto está prevista para o quarto trimestre deste ano.
Localizado na Zona Empresarial do Porto, na convergência com os acessos à Av. Boavista, Circunvalação, Avenida AEP e VCI, e com ligação pedonal à estação de metro de Francos, o empreendimento tem uma Área total Locável de 2.400 m2, integrando um edifício de escritórios e um parque de estacionamento subterrâneo (lote vizinho) com 175 lugares.
Os escritórios apresentam fracções em openspace de 200 a 400m2 (possível acoplar fracções num piso inteiro).
De acordo com Daniel Oliveira, Gestor de Projectos Imobiliários do Grupo Nelson Quintas, existe já alguma oferta de qualidade para grandes espaços, mas a oferta de qualidade para áreas mais reduzidas ainda não surgiu concretizada, embora existam projectos em pipeline. "Com este novo investimento do Grupo Nelson Quintas, pretende-se colmatar essa lacuna neste nicho, para ocupantes que pretendam arrancar actividade já no início de 2021". O responsável indica ainda que é essencial ainda o contributo de outros players para consolidar o crescimento do sector, pois no check-list de condições de mudança para o Porto, as empresas continuam a sentir limitações na disponibilidade de áreas residenciais compatíveis.
Apesar de existir uma falta de oferta na área de escritórios no Porto, o gestor projectos refere que devido à crise pandémica que estamos viver tudo abrandou e parte das decisões estratégicas das empresas ficaram adiadas para o 2º semestre de 2020, daí que ainda não existem contratos firmados, mas sim cartas de intenção de ocupação.
No entanto, assegura que "o Porto continua a cativar várias multinacionais, quer pela qualidade de vida proporcionada, quer pela forma hospitaleira que os seus colaboradores externos são recebidos, sendo a cidade fértil em bons profissionais, altamente qualificados". Na sua opinião, o regime de teletrabalho poderá vir a ser uma realidade duradoura, mas "não eliminará a presença física nas Torres de Escritórios pois o contacto humano e o “face-to-face” são cruciais para um melhor desempenho profissional".