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Absorção de escritórios do Porto e Grande Porto cresceu 98% no 1º trimestre

28 de abril de 2022

De acordo com a consultora portuense Predibisa, sobre o mercado de escritórios da Região do Porto, um pouco à imagem do último ano, o ano de 2022 arrancou com um cenário de incerteza generalizado, motivado pelo contexto actual do mercado Europeu, resultante do conflito internacional existente. Contudo, apesar destes últimos dois anos extremamente desafiantes, o mercado de escritórios do Grande Porto, no primeiro trimestre registou uma maior dinâmica comparativamente ao período homólogo, registado um crescimento tanto ao nível de área colocada, operações registadas e área média contratualizada.

“O mercado de escritórios do Porto e Grande Porto iniciou o ano de 2022 com um total de 5.818 m² contratualizados, num total de 12 operações registadas no primeiro trimestre. Comparativamente ao período homólogo, verificamos um crescimento de 98% no volume de área colocada, o que se traduz em mais 2.878 m² e um aumento de 25% no total de operações registadas (mais quatro operações face ao mesmo período de 2021). Simultaneamente, verificamos também um aumento no valor de superfície média contratada por transação, de 368 m² para os 485 m² (...)”, explica João Leite de Castro, director do departamento “corporate” da Predibisa.

Ao longo dos primeiros três meses do ano, a consultora foi responsável por mais de metade das operações registadas (7 em 12), o correspondente a 58% do total de operações apuradas, onde três das doze transacções registadas são operações com áreas brutas locáveis superiores a 500 m², o correspondente a cerca de 55% da área colocada.

“O Porto mantém a elevada tendência de procura de área de escritórios, absorvendo cerca de 2/3 da área total colocada no trimestre, num total de 3.883 m². O Central Business District da Boavista continua a ser a zona com maior dinâmica na região, sendo responsável pela maior absorção, com mais de 54% da área total colocada na cidade (2.107 m²) e por mais de metade das operações registadas (cinco em nove). Segue-se a zona Oriental com 998 m² e duas operações registadas, a zona “Outros Porto” com 526 m² e também duas operações e, por fim, o CBD Baixa com 252 m² e apenas uma operação. Fora da cidade do Porto é a zona da Maia aquela que capta maior volume de área com um total de 1.935 m², sendo também responsável pela maior transação operada no trimestre com 1.562 m²”, explica João Leite de Castro.

No que diz respeito à procura e número de operações, são as empresas de “TMT’s & Utilities” que representam a maior quota de mercado, com seis das doze operações (50%). O sector destas empresas foi também responsável pela maior taxa de ocupação (61%), seguindo-se os “Serviços a Empresas” com 24%, as “Farmacêuticas e Saúde” com 8% e as empresas ligadas aos “Outros Serviços” com 7%. “Mais de metade da área absorvida (3.122 m²) e 1/3 das operações registadas (quatro em doze) prende-se com a necessidade de expansão de área, sendo este o principal fator de motivação para a procura de novos espaços de escritórios na região ao longo do primeiro trimestre. Segue-se o motivo de mudança de instalações com 29% e quatro operações registadas e, por último, o motivo da chegada de novas insígnias à região com 17% e também quatro operações (…)”, conclui.

De salientar ainda o aumento na procura por parte de novas empresas que pretendem instalar-se no Porto, prevendo-se um crescendo nos níveis de ocupação ao longo dos próximos meses, uma vez que, os novos projectos em desenvolvimento cumprem com os requisitos actuais da procura, através de espaços com implantações superiores a mil metros quadrados, que denotam uma atenção especial à temática ambiental e à certificação energética.