ESLI vence concurso para construção do parque de estacionamento no Porto
Câmara do Porto pretende adjudicar à empresa ESLI a construção, exploração e manutenção do parque de estacionamento do Aviz, cuja concessão vai vigorar por 20 anos, de acordo com uma proposta hoje divulgada.
De acordo com os documentos a que a Lusa teve acesso e que serão votados em reunião do executivo, na segunda-feira, a concurso apresentaram-se três empresas (ESLI, ESSE e SABA), sendo que a decisão do júri recaiu sobre a proposta apresentada pela ESLI- Parques de Estacionamento, que fica ainda, como previsto no concurso, com a exploração e manutenção do Parque de Estacionamento da Praça D. João I, que tem capacidade para 380 lugares e cujo prazo de concessão termina em Dezembro de 2021.
A proposta de construção, exploração e manutenção, em regime de concessão de serviço público, do parque de estacionamento do Avis foi aprovada em 03 de Dezembro pela Assembleia Municipal do Porto, com os votos contra da CDU, do BE e do PAN.
O PAN chegou mesmo a solicitar esclarecimentos ao Ministério do Ambiente, dado que a construção do parque do Aviz, de acordo com o partido, está prevista para uma zona que inunda sob precipitação significativa, podendo representar risco de segurança.
Nessa assembleia, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou que o projecto já tinha merecido "o parecer positivo" da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Libertar a via pública de estacionamento
De acordo com a proposta, o vencedor do concurso tem dois anos para abrir ao público o novo parque que ficará em regime de concessão pelo prazo de 20 anos.
Por força da pandemia, o prazo inicial de apresentação de propostas, previsto para o final de abril, foi alargado em 90 dias, tendo terminado no final de Julho.
Numa nota hoje publicada na sua página oficial, o município refere que a construção deste novo equipamento enquadra-se na estratégia de mobilidade da autarquia, a qual passa por libertar progressivamente a via pública da função "estacionamento", propondo alternativas em estacionamento coberto (‘off street’), no qual se incluem os parques de estacionamento e as futuras "Zonas XXI", garagens de recolha para residentes, como se inscreve na proposta de revisão do Plano Director Municipal (PDM).