Concelho de Oeiras comemora 262º aniversário reabilitando Património Histórico
O Conjunto Patrimonial denominado de "Casa de Pesca", na Quinta do Marquês de Pombal (na zona da ex-estação agronómica nacional) - um património nacional que está a ser reabilitado pela Câmara Municipal com vista à sua preservação - será palco, na próxima segunda-feira, 7 de Junho, da comemoração dos 262 anos da elevação a concelho. Segundo o executivo liderado Isaltino de Morais, durante quase 30 anos o Município de Oeiras “manifestou-se disponível para assumir a gestão dos terrenos da antiga Estação Agronómica Nacional, incluindo a Casa da Pesca” mas só em Outubro de 2019 foi celebrado o Auto de Cedência de utilização de parte da antiga Estação Agronómica Nacional, o qual permitiu, finalmente, avançar com o projecto de reabilitação, tendo em vista a sua preservação e a abertura ao seu usufruto pela população. A recuperação deste conjunto monumental e intervenções no complexo, que beneficiarão também o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), consiste num investimento municipal de cerca de 10 milhões de euros. A conclusão da intervenção neste património está prevista para 2023.
A História da “Casa da Pesca”
Segundo o reputado blog criado em tempos por Gastão de Brito e Silva, Ruin’Arte, “a Casa da Pesca do Marquês de Pombal/Conde de Oeiras, é um raro exemplar de arquitectura barroca” . (Veja aqui as fantásticas fotografias do estado em que se encontrava aquele património histórico no início de 2014).
Foi classificada Monumento Nacional em 1940, mas aquilo que parecia ser uma distinção acabou por ser apenas o início de um desleixo que se arrastou durente décadas.
Segundo o autor do livro “Portugal em Ruínas”, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, história deste monumento “reporta-se ao ano de 1765, e terá sido a última estrutura a ser construída neste núcleo arquitectónico. Terá sido eventualmente gizada por Carlos Mardel, uma vez que foi este o autor do projecto do palácio e dos jardins, embora a sua edificação seja posterior à morte do mestre que reconstruiu a cidade capital”.
A adianta: “Foi erigida na chamada "Quinta Grande", a antiga "Quinta do Taveira", uma parte da propriedade dedicada à exploração agrária, e a sua função era puramente lúdica. Foi idealizada para as pescarias de fim-de-semana que tanto entusiasmavam Sebastião José de Carvalho e Mello.