Almada aprova reabilitação da zona ribeirinha do Cais do Ginjal num investimento de 300 milhões de euros
Finalmente a reabilitação da zona ribeirinha de Almada teve luz verde. A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, o Plano de Pormenor Cais do Ginjal que visa a intervenção e requalifição profunda daquela área de Almada, num projecto conjunto com o Grupo AFA.
Foi com um agradecimento dirigido ao Grupo AFA “por nunca ter desistido” que a Presidente da Câmara Municipal de Almada (CMA), Inês de Medeiros, iniciou a discussão e votação do Plano Pormenor Cais do Ginjal (PPCG) na reunião ordinária do passado dia 2. Uma posição que contou com o apoio de todos os partidos presentes que votaram a favor do PPCG por constituir um “instrumento necessário e indispensável para a transformação desta zona”, vincou a CDU, e que corresponde, acima de tudo, ao interesse da cidade.
A parceria com o Grupo AFA, consubstanciada pela aprovação do PPCG, foi a solução encontrada pela CMA para travar o problema de degradação progressiva do Cais do Ginjal e concretizar o projecto de revitalização profunda da zona ribeirinha com cerca de 1 quilómetro de frente conhecida como a “porta de entrada fluvial de Almada”.
A CMA confia ao promotor, Grupo AFA, toda a regeneração da zona ribeirinha com aprovação para mais de 90.000 m2 de área bruta de construção. A zona será alvo de intervenção para construção de um complexo de habitação com cerca de 300 fogos, várias fracções de comércio e serviços, um hotel com 160 quartos, equipamentos sociais e ainda um estacionamento com 500 lugares.
Para o Grupo AFA, o objectivo deste projecto é tornar o território abandonado do Ginjal num ícone da Margem Sul e isso requer um investimento de 300 milhões de euros e uma duração de cerca de oito anos.
Note-se que a relação do Grupo AFA a Almada remonta a 1999, ano em que o grupo madeirense, numa visão de futuro, iniciou a aquisição de vários imóveis e parcelas de terrenos e edifícios em ruínas a mais de 20 proprietários diferentes. De acordo com o grupo, "foram tempos especialmente desafiantes por aquisições complexas em negociações não só com empresas proprietárias, mas sobretudo com proprietários particulares, nomeadamente famílias e respectivos herdeiros. Este esforço do Grupo AFA nas negociações revelou-se uma grande mais-valia no sentido em que a própria autarquia tinha, até então, consideráveis dificuldades em desenvolver a zona do Ginjal por falta de entendimento entre o elevado número de proprietários envolvidos. Este é, por isso, um trabalho de vários anos em parceria estreita entre o Grupo AFA e a CMA que agora inicia uma nova fase".
Após processo de consulta pública e aprovação, a deliberação segue agora para Assembleia Municipal.