ALEP alerta que o destino do Alojamento Local devia estar acima de jogos políticos
A Associação do Alojamento Local em Portugal - ALEP revela que suspensão de novos registos de Alojamento Local na cidade, aprovada ontem em reunião do executivo camarário, é uma mensagem preocupante aos lisboetas ao sinalizar que os interesses dos jogos políticos vão ficar acima dos verdadeiros interesses e debates sobre o futuro da cidade.
A proposta ataca mais uma vez e desestabiliza sem justificação, todo um setor que representa hoje quase metade das dormidas turísticas da cidade e que gera rendimento e emprego a milhares de famílias lisboetas. É uma ameaça a milhares de famílias num período de crise, pois a suspensão é o primeiro passo para a criação de mais áreas de contenção que automaticamente levam a um forte agravamento fiscal dos pequenos operadores particulares.
A ALEP alerta que estas medidas já demonstraram nos anos anteriores ter exatamente o efeito contrário: 'Criam uma corrida irracional que gera uma explosão de novos registos em Lisboa, exactamente o que a medida diz querer evitar. O único ponto positivo da proposta foi o pedido à Câmara Municipal de Lisboa para realizar um estudo aprofundado da situação do alojamento local na cidade. Este é um ponto urgente que a ALEP sempre defendeu, sendo essencial também que seja feita uma limpeza nos registos fantasma que se mantêm nas bases de dados e que aumentam artificialmente o peso do AL nas várias áreas da cidade'.
Além disto, a ALEP acredita ser necessário pensar num acordo de sustentabilidade que abarque todo o sector da acomodação turística e 'não se limite apenas ao ataque ao alojamento local e que garanta ainda estabilidade para quem vive desta actividade e que investiu de boa-fé a pensar a longo prazo. A ALEP e os seus associados esperam das forças políticas representadas na Câmara e Assembleia Municipal de Lisboa (sejam as democraticamente eleitas para governar a cidade, sejam aquelas interessadas em fazer uma oposição responsável) uma resposta pronta e efectiva que contrarie o sentido desta proposta e que demonstre que os seus responsáveis querem e sabem estar efectivamente à frente dos destinos de Lisboa. A ALEP estará sempre disponível para um diálogo construtivo com todas as forças políticas interessadas em encontrar alternativas de equilíbrio e sustentabilidade para a actividade turística na cidade'.