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Três quartos dos arrendamentos de escritórios na Europa concentram-se em localizações centrais

Centro de Tóquio - Foto Freepik

Três quartos dos arrendamentos de escritórios na Europa concentram-se em localizações centrais

28 de outubro de 2025

Cerca de 75% dos novos arrendamentos de escritórios na Europa foram realizados em zonas centrais das principais cidades até Junho de 2025, reflectindo uma clara preferência das empresas pela localização, segundo o estudo «Return to the Core»da Cushman & Wakefield (C&W). Antes da pandemia, esta fatia rondava os 60%.
A tendência é impulsionada pelo regresso ao escritório e pela concorrência por talento, que reforçam a importância da proximidade a transportes, serviços e áreas de negócios consolidadas. Em Lisboa, a procura por espaços centrais mantém-se forte, com as zonas 1 e 2 a registarem taxas de desocupação de 4,5% e 3,8%, respectivamente — muito abaixo dos 13,6% observados no Corredor Oeste.


Foto Freepik


Na média europeia, a taxa de desocupação nos CBDs (Central Business Districts) desceu para 7,1% no segundo trimestre de 2025, enquanto nas áreas periféricas subiu para 12,9%, acentuando o fosso entre os dois mercados.
A escassez de espaço nas zonas centrais está também a impulsionar o aumento das rendas prime, que cresceram 3,7% no último ano, quase o dobro da evolução registada nas áreas periféricas (2,3%). Desde 2022, as rendas em localizações core subiram 13,2%, face a 7% fora do centro.



“A localização voltou a ser o principal critério de escolha dos ocupantes, mesmo com rendas mais elevadas”, sublinha Nigel Almond, Director Sénior da Cushman & Wakefield.
Os investidores seguem a mesma tendência: os activos nas zonas centrais valorizaram 5% no último ano, enquanto os situados fora dos centros urbanos recuaram 0,2%. As yields prime nos centros caíram de 5,3% para 5,2%, sinalizando maior confiança, ao passo que nas periferias subiram para 6,8%.
Para Pedro Salema Garção, Partner e Director de Escritórios da C&W em Portugal, “a procura por localizações centrais vai manter-se como prioridade. A qualidade dos espaços, a acessibilidade e o contexto urbano são factores determinantes para atrair talento e consolidar o modelo híbrido de trabalho”.