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Alojamento Local

Taxas de ocupação no alojamento turístico continuam a aumentar

31 de maio de 2023

O sector do alojamento turístico registou 2,7 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas em Abril, correspondendo a crescimentos de 16,5% e 13,8%, respectivamente (+30,7% e +26,8% em Março de 2023, pela mesma ordem). Face a Abril de 2019, registaram-se crescimentos de 17,5% nos hóspedes e 14,3% nas dormidas, avança hoje o INE - Instituto Nacional de Estatística.

Em Abril, o mercado interno contribuiu com 2,0 milhões de dormidas (+7,3%) e os mercados externos totalizaram 4,8 milhões de dormidas (+16,8%).  Face a Abril de 2019, observaram-se aumentos de 21,1% nas dormidas de residentes e 11,6% nas de não residentes.

Canadá foi o mercado que mais cresceu face a Abril de 2022 

Entre os dezassete principais mercados emissores3 (87,4% do total de dormidas de não residentes), apenas a Finlândia, a Bélgica, a Dinamarca e os Países Baixos registaram decréscimos nas dormidas (-11,5%, -5,9%, -2,0% e -0,4%, respetivamente). O Canadá e os Estados Unidos foram os mercados que mais cresceram, face a 2022, com variações de +89,5% e +54,2%, respetivamente. Face a abril de 2019, as dormidas de residentes no Reino Unido (18,1% do total das dormidas de não residentes em abril) aumentaram 9,6%. O mercado espanhol (quota de 11,9%) cresceu 2,3% (-3,2% em março) e o alemão (quota de 11,4%) decresceu 2,1% (-4,9% em março). Comparando com abril de 2019, destacam-se os crescimentos dos mercados norte americano (+80,5%), irlandês (+59,7%) e polaco (+57,6%). Os maiores decréscimos observaram-se nas dormidas de hóspedes suecos (-26,0%), dinamarqueses (-15,3%) e brasileiros (-13,2%).

Face a Abril de 2019, as dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, destacando-se a RA Madeira (+105,4%). As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, mas de forma menos expressiva no Algarve (+1,7%).

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (50,8%) aumentou 3,3 p.p. em Abril (39,3%, +5,9 p.p. em Março). A taxa líquida de ocupação-quarto (59,8%) aumentou 3,9 p.p. (50,1%, +8,1 p.p. em março). Face a Abril de 2019, registaram-se crescimentos de 2,6 p.p. e 3,8 p.p., respectivamente.

No conjunto dos primeiros quatro meses de 2023, as dormidas aumentaram 30,0%, +16,7% nos residentes e +37,1% nos não residentes. Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas cresceram 14,2%, +19,9% nos residentes e +11,8% nos não residentes.

Dormidas continuam a superar valores de 2019, principalmente no turismo no espaço rural e de habitação 

As dormidas na hotelaria (82,3% do total) aumentaram 12,9% (+13,0% face a Abril de 2019). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 14,1% do total) cresceram 18,6% (+14,0% face a Abril de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,6%) aumentaram 17,3% (+55,3% comparando com Abril de 2019).

Em Abril, 19,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (29,4% em Março).

Estada média continuou a diminuir 

No mês em análise, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,50 noites) continuou a diminuir(-2,4%, -3,0% em março), face ao mesmo mês do ano anterior. A estada média dos residentes (1,91 noites) diminuiu 0,6% e a dos não residentes (2,87 noites) decresceu 4,9%. Os valores mais elevados verificaram-se na RA Madeira (4,36 noites) e Algarve (3,63 noites).

Taxas líquidas de ocupação continuam a aumentar de forma expressiva 

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (50,8%) aumentou 3,3 p.p. em abril (+5,9 p.p. em março) e ficou acima do valor observado em abril de 2019 (48,2%).

Em abril, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (67,5%) e AM Lisboa (62,1%). Os maiores acréscimos neste indicador ocorreram no Norte (+4,0 p.p.), Algarve (+3,9 p.p.), Alentejo e Lisboa (+3,8 p.p. em ambos). A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (59,8%) aumentou 3,9 p.p. em abril (+8,1 p.p. em março) e ficou acima do valor observado no mês homólogo de 2019 (56,0%).