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Segmento global de Branded Residences deverá crescer 19% em 2025

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Segmento global de Branded Residences deverá crescer 19% em 2025

17 de dezembro de 2025

O segmento global de branded residences atravessa um dos períodos mais dinâmicos de sempre e deverá crescer 19% em 2025, de acordo com o mais recente relatório Global Residential Development Consultancy da Savills.

O estudo indica que o número de empreendimentos residenciais com marca deverá atingir os 910 projectos até ao final de 2025, face aos 764 registados em Dezembro de 2024. Até 2032, o conceito deverá expandir-se para 25 novos países, incluindo Geórgia, Paquistão e Arménia, envolvendo 39 novas marcas hoteleiras e 19 marcas não hoteleiras.

Para Louis Keighley, Head of Global Residential Development Consultancy da Savills, “o dinamismo do sector mostra poucos sinais de abrandar e os dados mais recentes apontam para a entrada de mais 837 projectos no mercado até 2032, elevando o total global para 1.747 empreendimentos”.

Segundo a Savills, estes empreendimentos vão desde projectos exclusivos à beira-mar, com serviços personalizados e acesso directo à praia, até penthouses em arranha-céus, com vistas panorâmicas sobre a cidade.
Estes activos apresentam um desempenho consistente em mercados urbanos de referência - como Dubai, Miami, Londres e Nova Iorque - e em destinos costeiros, nomeadamente Phuket, Los Cabos e Comporta, que se afirmou internacionalmente como sinónimo de sofisticação e lifestyle exclusivo.

“Portugal tem vindo a consolidar-se como um dos principais destinos residenciais no segmento high-end e luxury. O país tem atraído e acolhido projetos cada vez mais sofisticados, caracterizados pela associação a marcas de elevado posicionamento, tanto do universo hoteleiro como do lifestyle. Esta tendência tem contribuído para reforçar o estatuto de Portugal no panorama europeu, reflectido na dimensão do pipeline de projetos previstos para os próximos anos. Apesar do crescimento assinalável e da visibilidade alcançada, acreditamos que o potencial de Portugal neste segmento está longe de ter atingido o seu limite”, refere Paula Sequeira, Director Consultancy & Valuation da Savills

Liderança das marcas hoteleiras

As grandes cadeias hoteleiras continuam a liderar o segmento de branded residences, em especial nos patamares de luxo e upper‑upscale. Marriott e Accor destacam‑se com centenas de projectos em pipeline, suportados por portefólios multimarca que reúnem mais de 35 insígnias em diferentes faixas de mercado.

Ainda assim, é nas marcas de moda, restauração e automóvel que se observa o maior potencial de crescimento, o que traduz o forte apelo aspiracional e emocional que estas insígnias exercem sobre os investidores.

Três novas categorias de marcas não hoteleiras - media, música e arte - entraram também neste segmento, com nomes como Elle, Pharrell Williams e Louvre a assumirem-se como pioneiros nas respetivas áreas.

Olhando em frente, a Savills prevê uma maior diversificação, com a entrada de marcas ligadas ao desporto, gaming e cinema neste mercado.

Crescimento acelera no Médio Oriente, Ásia‑Pacífico e África

Nos últimos anos, o mapa global de branded residences tem-se redesenhado, em linha com o crescimento de mercados emergentes em várias regiões. A preponderância da América do Norte tem vindo a diminuir à medida que novas geografias ganham expressão.​

Nos últimos cinco anos, a região Ásia‑Pacífico registou um aumento de 55% no número de projectos, impulsionado por mercados como Vietname, Tailândia e Índia.​

Já o Médio Oriente e o Norte de África registam a evolução mais expressiva, com um crescimento de 187% no mesmo período, alavancado sobretudo pelo Dubai e pelos mercados do Golfo. Em África, apesar da menor dimensão do mercado, o relatório identifica dez novos projectos com conclusão prevista até 2026.​

Na Europa e na América Central e Latina, a Savills contabiliza mais de 50 novos empreendimentos em localizações urbanas e de resort no último ano.
O mercado de branded residences caminha, assim, para uma distribuição mais equilibrada a nível global, estimando-se que, até 2032, nenhuma região venha a concentrar mais de um quarto da oferta mundial.​