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Arrendamento

Porto - Foto Pixabay

Rendas: Porto em linha com a Europa a registar aumento de preços, Lisboa mantém descida

9 de julho de 2024

O International Rent Index da HousingAnywhere para o segundo trimestre revela um aumento anual de 4,3% nos preços das rendas na Europa, medido em 28 cidades europeias. O aumento ano-após-ano (YoY) subiu 4,3%, superior aos 3,8% do último trimestre.

Cidades do Sul da Europa fazem subir os preços globais
Enquanto as cidades alemãs e holandesas continuam a ser as mais caras para todos os tipos de imóveis monitorizados, as principais cidades do Sul da Europa, especialmente as de Itália e Espanha, estão a ganhar terreno.

Roma registou os aumentos de preços mais elevados para os quartos (19,2%). Madrid registou o maior aumento de preços para os apartamentos (nada menos que 20%), tendo também registado um aumento significativo nos preços dos estúdios (12,5%). 

Lisboa apresenta um padrão diferente: os preços dos apartamentos diminuíram 25% face ao período homólogo, algo que já sucedeu no primeiro trimestre de 2024, com uma descida de 21,1%. Apesar da queda substancial, os preços das rendas na capital continuam a ser, em média, de 1800€ por mês e registam um aumento trimestral de 12,5%. Os quartos, com preços de 550 euros, registaram um decréscimo homólogo de 3,5%.

No Porto o panorama vai mais ao encontro do resto do Sul da Europa, com subidas dos preços das rendas nos quartos e apartamentos. Neste segundo trimestre, os apartamentos custavam em média 1.445 euros, o que corresponde a um ligeiro aumento anual, de 3,2%. Os quartos estão 5,9% mais caros, e o preço médio é de 450 euros.
Tendências por tipo de propriedade no resto da Europa
A nível europeu, os aumentos distribuem-se pelos três tipos de imóveis analisados: os quartos aumentam 3,5% em relação ao ano anterior, os apartamentos 4,2% e os estúdios 5,4%.

"Estamos no início da época alta para os estudantes em mobilidade e jovens profissionais que procuram a sua nova casa antes do início do novo semestre após o verão, e vemos os preços das rendas a acelerar. Isto significa que aqueles que procuram alojamento terão de começar a sua procura cedo e aceitar alguns compromissos", afirma Djordy Seelmann, Director Executivo da HousingAnywhere.

"Entretanto, com as recentes eleições em vários países europeus, teremos de esperar para ver se as novas administrações consideram a expansão do parque habitacional um antídoto sensato para o desafio premente da acessibilidade dos preços".


Apartamentos: Amesterdão e Roma continuam a ser caros
Das cidades analisadas para este Rent Index, os preços dos apartamentos aumentaram mais em Madrid (20%) e Haia (17,6%). Nestas cidades, os inquilinos estão a pagar uma média de 1,500 euros e 2,000 euros, respetivamente. No entanto, Amesterdão (com uma renda média de 2,388 euros) e Roma (2,100 euros) continuam a ser as cidades com preços mais elevados. Apesar de não registar um aumento substancial, Paris continua a pagar em média 1,908 euros.

Os apartamentos em Turim, Budapeste e Atenas continuam a ser mais acessíveis em termos absolutos, com rendas de 1,000euros , 970 euros e 950 euros, respectivamente.
Quartos: As cidades holandesas e alemãs continuam a ser das mais caras
As cidades holandesas e alemãs continuam a ser as cidades com os preços mais elevados para o arrendamento de quartos neste estudo. Existe uma diferença substancial entre a cidade líder, Amesterdão, com uma média de 1,007euros , e a segunda cidade, Haia, com 875 euros. Embora Roma e Bolonha registem os aumentos mais elevados do preço dos quartos (19,2% e 18,2%), ainda estão muito aquém dos preços de arrendamento das cidades do Norte da Europa, com uma renda média de 620 euros em Roma e 650 euros em Bolonha.

Atenas, Valência e Budapeste são mais acessíveis, com preços de arrendamento de quartos inferiores a 400 euros.
Estúdios: A baixa oferta está a provocar oscilações de preços
Devido à escassez da oferta, uma vez que se trata de um tipo de imóvel menos comum, os preços dos estúdios são mais voláteis. Este facto faz com que algumas cidades subam na classificação a um ritmo acelerado. São especialmente notáveis os aumentos registados em algumas cidades holandesas. Valência e Madrid também registaram aumentos de 15,8% e 12,5%. Em contrapartida, cidades como Milão (-9,2%) registam descidas significativas.